2. O MÉDICO DE FAMÍLIA

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— Há tantos pacientes com câncer esses dias, não acha, Aye Tae? — Anne, uma jovem enfermeira de cuidados domiciliares, se vira para reclamar com Tae, um responsável técnico de saúde pública, que estava ocupado organizando os arquivos dos pacientes em um subdistrito. 

O hospital regional promotor de saúde pública (RPHPH) ou localmente conhecido como posto de saúde, foi uma pequena unidade de saúde que se expandiu para um nível comunitário. Foi uma base essencial para uma saúde fundamental das pessoas na comunidade para reduzir o número de pacientes que se acumulam no grande hospital e o trabalho proativo de saúde para controlar doenças evitáveis. Todos esses eram trabalhos exaustivos, especialmente o dever de visita domiciliar de que Anne era uma pessoa responsável primária.

— Sim, muito mesmo. Ano passado, especialmente no nosso subdistrito, tivemos treze casos de câncer no total. No começo desse ano, já achamos oito — Tae se voltou ao computador para inserir os dados obtidos dos pacientes em sua área de responsabilidade. 

— Não apenas muitos casos, mas desde que o Doutor Gunn veio pra cá, as mortes dos casos paliativos têm aumentado rapidamente — Anne diz arrastando sua cadeira para o lado de Tae — Eu acho que é a herança dele. Acredite em mim. Esses últimos anos, pacientes morreram muito rápido. Se você me perguntar, alguns deles podiam ter vivido por muitos meses. Mas aí, dois ou três dias depois do diagnóstico, acabaram morrendo. 

— Melhor pra eles, então. Melhor do que os deixar sofrendo — o oficial de meia-idade virou-se para olhar para Anne — Especialmente no caso da senhora Raweenwan, ela iria ter sentido muita dor. Sempre que a visitávamos, a ouvíamos gemer de dor. Pelo menos ela não tem mais que sofrer.

— Hey, Aye Tae, eu fui prestar respeito a Senhora Raweewan essa manhã, e conheci o filho mais novo dela, ele é policial. Eu ouvi que ele se mudou pra cá e ia ser inspetor.

— É verdade!? — Tae virou sua cabeça com os olhos arregalados — Wasan? Eu o conheço desde antes mesmo de ele frequentar a Academia de Cadetes da Polícia Real. Ele é inspetor agora? 

— É, ele é um rapaz muito bonito. Um policial como ele seria uma boa combinação para uma enfermeira — Anne disse e cobriu as bochechas com ambas as mãos, agindo como se estivesse corando — Já que o conhece, Aye Tae, por favor peça o número dele pra mim.

— E seu marido?

— Uhg, meu marido está ficando em casa. Ele não saberia.

O tópico sobre o número de mortes dos pacientes em estágio terminal innaturalmente escaladas foi abandonado depois que o nome de Wasan foi trazido à tona. Wasan ou " Policial Capitão Wasan Kumboonrueng", aos 33 anos, tinha acabado de se mudar da grande província, reposicionando-se de um Inspetor Adjunto para ser um Inpector nesta Delegacia de Polícia. Wasan cresceu nesta área local, então todas as pessoas no sub-distrito o conheciam bem. Ele era o orgulho da Sra. Raweewan e seu irmão mais velho. Seu retorno foi o assunto da cidade. Ele era a esperança e um defensor legal de todos no subdistrito.

O futuro inspetor em um uniforme da polícia adornado com três estrelas em seus ombros sentou-se em sua mesa na delegacia, olhando em volta do cômodo para coletar os detalhes daquele escritório desconhecido. Desde que sua mãe morreu, sua razão para se mudar para cá tornou-se fútil.

No entanto, ele havia tomado sua decisão e teve que seguir em frente. Pelo menos agora, ele voltou para o lugar em que se recompôs. Além de ter que se adaptar ao seu novo ambiente de trabalho, ele adivinhou que nem tudo era tão ruim assim.

Doutor Guntapat.

Ele não sabia se era algum tipo de derrubada cética ou outra coisa que fazia esse nome surgir em sua mente o tempo todo. Wasan anotou o nome do médico no papel antes de decidir pegar seu telefone e procurar o nome no Facebook. Havia vários nomes aparecendo na tela, mas a única foto de perfil que combinava com o homem em sua memória era aquele de nome Guntapat Akaramaytee.

EUTHANASIA: SPARE ME YOUR MERCY [NOVEL]Where stories live. Discover now