4. ROUBANDO DE UM HOMEM MORTO

513 63 48
                                    

Anne andou para fora do Hospital Regional de Promoção de Saúde Publica indo com entusiasmo para onde ela estacionou sua motocicleta. Hoje, ela e o marido iriam comemorar seu aniversario de um ano juntos. E é claro, ela se vestiu bem para aparentar seu melhor esperando seu amado marido busca-la em casa. Poderia ser considerado sorte ela ter encontrado um parceiro que vive próximo ao seu local de trabalho. O marido de Anne é dono de uma garagem. Os dois se conheceram acidentalmente quando o homem passou pelo hospital para ter uma consulta por suspeita de tétano após ter se cortado com um metal. Ele apareceu uma segunda vez levando comida especificamente para Anne. Isso foi a dois anos atrás.

Ela dirigiu sua motocicleta de HRPSP até a comunidade. Hoje, ela escolheu um novo caminho para ir para casa pois queria passar na casa de um paciente para checar o machucado que ela ajudou a limpar. Quando ela entrou em um beco estreito à direita, ela notou algo incomum.

Tinha uma silhueta escura no meio da estrada. Quando Anne dirigiu sua motocicleta se aproximando, ela descobriu ser o cadaver de um cachorrinho preto. Sua cabeça estraçalhada como se algo a tivesse esmagado. Sangue carmesim espalhado por toda a rua. Anne cobriu sua boca, tentando abafar o próprio som. Ela imediatamente acelera deixando aquela área. O cachorrinho deve ter sido acertado por um carro. Ela tenta apagar a imagem perturbadora de sua mente.

Anne dirige sua motocicleta por mais 100 metros e encontra outra carcaça na lateral da estrada. Era uma galinha preta que parecia ter sido morta recentemente. O sangue ainda estava vivido e vermelho, fluindo por seu pescoço.

— O que está acontecendo aqui... — Anne murmura e desacelera o veículo, tentando olhar ao redor por algo incomum. Ela tenta se convencer de que algum carro devia estar correndo e por isso acertou o cachorrinho e então a galinha.

— Anne! — A jovem enfermeira pula ao som da mulher. Ela pisa no freio e vira sua cabeça. Tia Num Eui, uma paciente com diabetes que Anne conhece muito bem, andou até ela — Anne, você viu isso?

— O... Oque? — A voz de Anne treme levemente.

— Muitas coisas estranhas vem acontecendo recentemente, animais mortos como moscas. E também as pessoas doentes. Funerais estão acontecendo por toda parte —Tia Num Eui balança a cabeça — O chefe do vilarejo perguntou se não deveríamos nos juntar e ir ao templo fazer méritos. Talvez assim as coisas melhorem.

— Isso parece uma boa ideia, Aunty Eui, Eu também tenho péssimos sentimentos sobre isso — falando com Kum Eui fez o medo dela diminuir visivelmente.

— Você sabe,  alguém me contou que tem um *Ghoul rondando o vilarejo recentemente — Num Eui sussurra — Isso deve ter vindo da casa de Aye Sunthorn. Aquela família criou um Ghoul, e ele deve estar morrendo de fome. Então agora ele resolveu sair e procurar por carne e sangue. Tio Add disse que três galinhas morreram. O pequeno cachorro de tia Sri também desapareceu. O ghoul deve estar com tanta fome que leva as pessoas doentes para o submundo.

[*um ghoul é um tipo de fantasma na cultura tailandesa. Os possuídos pelo demônio tem que ser fé fresco e sangue dos seres vivos]

Superstições e pessoas locais são algo inseparável. Até mesmo Anne que se graduou na faculdade de saúde e ciências, também acredita no sobrenatural que ela vem ouvindo sobre desde a infância. Mesmo estando assustada, ela tenta se acalmar e encontrar outros princípios e motivos que pudessem explicar aquilo, como uma âncora.

—Pode ser algum tipo de epidemia animal, tia. Eu irei dizer para a policia investigar isso.

—Não é uma doença, Anne. Os animais foram mortos. Aquela galinha foi massacrada, aquele cachorro foi espancado até a morte — A mulher diz com confiança — É um ghoul Anne, estou te dizendo. Devemos encontrar a pessoa que ele possuiu.

EUTHANASIA: SPARE ME YOUR MERCY [NOVEL]Where stories live. Discover now