EUTHANASIA: SPARE ME YOUR MERCY [NOVEL]

1. ISSO COMEÇA COM UMA PERDA

Além do som de seus batimentos cardíacos, a senhora podia ouvir o som de passos pesados no piso de madeira ressoando pela casa. Ela lentamente abre seus olhos tendo uma visão turva da escuridão da noite. Ela geme levemente devido a dor que ataca suas costas assim que ela se torna consciente. Era doloroso, muito doloroso para uma mulher pequena como ela suportar.

Sra.Raweewan, de 70 anos de idade, era uma mulher forte. Todos a chamavam assim. Ela era uma mãe solteira de três filhos. O seu mais velho não era rico, ele era um comerciante sustentável e sempre tinha tempo para sua amada mãe. Infelizmente, seu segundo filho morreu em um acidente, e seu filho mais novo era um oficial de policia que vivia em outra província.

Ela esteve lutando contra tantas coisas durante toda sua vida, porém em momento algum ela desistiu.

Ela lutou mesmo com a falha de seu casamento e tendo que sustentar três filhos sozinha, isso sem mencionar a enorme dívida que seu marido deixou para trás. Raweewan teve esperança de que com o tempo tudo ficaria bem, e as coisas foram melhorando quando ela se tornou uma mulher de meia idade.

Ao fim, ela acabou perdendo a batalha para o estagio final de câncer de endométrio.

O câncer destruiu sua coluna vertebral junto a seus nervos causando a ela uma agonia insuportável. Sem a morfina que ela recebia ela teria sofrido a agonia destas dores como se estivesse em um inferno duradouro.

Os passos se aproximam mais e mais. A senhora gradualmente olha ao redor procurando saber de onde o barulho que ela escutava estava vindo. Quando sua visão finalmente se justou a escuridão , Raweewan viu a silhueta de um homem parado ao lado de sua cama. Surpreendentemente, ela não estava assustada com isso. A sombra se aproxima dela lentamente, antes de se sentar na beirada da cama. Sua mão alcança a mão esquelética dela.

— James... James, é você? — Com uma voz rouca ela chama por seu filho do meio que já não estava vivo — Eu... Senti sua falta...

A mão segura a dela firmemente.

— Eu também senti sua falta.

— Você vai me levar com você, certo, James?

— Sim — A voz vinda da escuridão ecoa próxima a sua orelha esquerda — Eu quero que você pense em coisas boas. Você doou dinheiro para a construção do prédio do hospital, se lembra?

A senhora acena concordando lentamente, se lembrando do dia em que ela trouxe o envelope com 10,000 baht para esse hospital rural distante. O dinheiro doado por ela fez parte dos fundos usados para a construção da nova enfermaria do hospital. Pensando sobre isso, ela estranhamente se sentiu em paz. A dor e agonia começaram a diminuir:

—Mãe, você é a mulher mais forte que eu já conheci. Você passou por muitas coisas difíceis na vida — Uma profunda, e adequada, voz a fez relaxar, ela conhecia essa voz muito bem —Agora, é a hora. Não tenha medo. Mantenha sua mente calma e a dor vai ir embora. Você estará em um lugar distante e pacifico com seu filho.

Isso era tudo o que ela queria. Seus olhos começam a brilhar com lágrimas de alegria.

—Obrigada... Obrigada...

E assim como a voz disse, a dor dela começou a desaparecer lentamente. A senhora se sentiu relaxada de uma forma que ela nunca sentiu antes. Sua respiração lentamente se tornou leia até que seu peito parasse de se mover. Seus olhos palidos e turvos se fecharam, e eles nunca mais abririam novamente.

⋅•◇•⋅

— Eu? — O médico aponta para si mesmo. Uma expressão de choque aparece em seu rosto enquanto os outros médicos na sala de conferência aplaudem. Ele se vira para olhar a colega sentada a seu lado. Ela faz com que ele se levante, com um grande sorriso em seu rosto.