♡ Capítulo 50: "...somos um casal?"

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Eu posso viver com esse pecado.

A excitação está tomando conta de mim. O desejo cresce conforme Zoey passa as mãos em meu cabelo, acariciando a minha nuca.

É uma sensação única.

Ter feito sexo com Margareth não chega ao pés desse simples beijo.

Quebramos o beijo para recuperar o fôlego. Zoey me encara, seus lábios estão inchados e mais rosados que o normal, suas bochechas estão muito coradas e sua respiração está acelerada.

É a perdição ver ela nesse estado.

Minha mente imagina como seria estar na cama com ela.

Sinto algo em meu corpo ganhar vida.

— Quer almoçar comigo? — Pergunto. Passo as mãos por meu cabelo, na expectativa de esvair os meus pensamentos e desejos.

— Geralmente, os casais saem para jantares românticos. — Zoey tem um sorriso encantador nos lábios.

— Assume que somos um casal? — Arqueio as sobrancelhas e sorrio mínimo para ela.

— Nós nos beijamos algumas vezes. Você passou a noite em uma cadeira desconfortável de hospital apenas para não me deixar sozinha e em seguida, passou a tarde toda em meu apartamento. — Zoey sorri ao me lembrar de tudo isso.

— Acho que somos um casal, você me convenceu. — A puxo pela cintura, para que fique ainda mais próxima de mim. — Estive pensando em preparar um espaguete à carbonara. Você gosta?

— Gosto sim, bastante aliás. Minha família tem um pouco de descendência Italiana. — A olho encantado. — Tudo que tem massa e queijo, eu aprecio bastante.

— Muito interessante, Zoey.

Estamos caminhando juntos até o estacionamento.

Algum dia seremos pegos.  Penso comigo mesmo.

— Você disse preparar, então não vamos a um restaurante? — Destravo a porta do carro enquanto Zoey pergunta.

Olho ao redor do estacionamento e não parece haver ninguém. 

Abro a porta para Zoey entrar e dou a volta até o lado do motorista.

— Estive pensando em algo mais caseiro já que a sessão vai ser em casa, poupa o pouco de tempo que temos.

— Inteligente. Eu tenho que ir embora logo depois da terapia.

— Deixo você em casa e depois no trabalho, sem problema algum. — Respondo girando a chave na ignição, o rádio liga automaticamente. A música que toca é calma, assim como a conversa entre nós.

— Você não tem que se preocupar com isso, eu posso ir para o trabalho de ônibus.

— Somos um casal, Zoey. Se lembra? — Não deixo de alfineta-la.

— Você é péssimo, Keanu! — A música é abafada pelo som de nossas risadas.

Há tempos não me sinto assim.

Minha tentativa de fazer um carbonara vai por água a baixo ao errar o cozimento do espaguete. Fiquei tão encantado com a presença de Zoey na minha cozinha e preso em nossas conversas que me esqueci completamente da panela no fogo. Por sorte, Zoey é uma garota incrível e nos salvou ligando para um restaurante e pedindo pizza.

— Minha tentativa de te impressionar foi arruinada. — Falo, pegando um pedaço da pizza de dois queijos, constituída por muçarela e catupiry. A garota não mentiu quando disse que é amante de queijo.

— Você me impressiona todos os dias em sala de aula, Keanu. — Seus olhos me encaram sinceros e sinto novamente aquele desejo crescer dentro de mim. O super poder de Zoey é me deixar completamente encantado por ela.

— Obrigado, Zoey. — Respondo e olho para o relógio em meu pulso. — Anda temos algum tempo antes da Katy e Stoucker chegarem. O que quer fazer? Comparado a você, possuo poucos filmes, mas tenho alguns canais pagos na televisão.

— Eu tenho uma sugestão melhor.

Inesperadamente Zoey está em meus braços.

O calor do seu corpo junto ao meu é algo delirante. Ela me beija com tanta paixão. Sinto meu membro sexual ganhar vida, estou tentando a todo custo mantê-lo sob controle, luto contra meus desejos e pensamentos, é incomodante a sensação.

É cedo demais.

Precisamos parar.

Eu a puxo ainda mais forte para mim. Mordo seus lábios e entrelaço ainda mais meus dedos por suas mechas castanhas. A minha garota, sutilmente, se movimenta em meu colo e de nossos lábios escapam sussurros de prazer.

Meus batimentos estão frenéticos.

Algo poderá acontecer aqui.

No sofá.

— Keanu! — A voz de Katy me salva. Ou não? Estava muito bom, eu não queria ter parado.

Mais rápido do que Zoey tinha vindo ao meu colo, ela o deixa. 

Seu rosto está da forma que mais me deixa excitado: lábios inchados e bochechas coradas. O cabelo de Zoey está um pouco bagunçado devido aos meus leves puxões e carícias, eu adoro a sensação deles em meus dedos.

Me levanto e levo as mãos aos bolsos para desfaçar o volume.

— Oi Katy. — Coço a garganta. — Chegou cedo.  — Olho desconcertante para Zoey.

— Sim, estou muito ansiosa, não consegui ficar em casa e muito menos suportar meus pais discutindo por conta de tudo isso.

— Você contou para eles? — O tom de Zoey me pega de surpresa.

A garota está em pé ao meu lado.

— Sim, eles são meus pais e os pais de Marie. — Katherine fala como se fosse uma coisa óbvia.

— Entendo. — Zoey responde baixo, voltando a se sentar no sofá. — Compramos pizza, você aceita? — A garota é muito gentil com Katy, assim como é com todos, na verdade.

— Pelo menos um de vocês tem educação. — O olhar de Katherine para mim é provocativo.

Não estou em condição de oferecer o que quer que fosse para ela.

Eu estou tentando controlar a minha imaginação.

Eu estou tentando controlar a minha imaginação

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