Capitulo 5: O poder de um encarnado

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Sexta-feira, 3h10.

Quando Mateus acordou, levou um susto ao ver a hora. Então deu um pulo da cama.

— Onde estamos? O que aconteceu? Minha mãe vai me matar!

Mas sua preocupação logo se tornou algo pequeno quando viu Sabrina sentada na cadeira erótica, com o que tudo indicava, coberta apenas com uma toalha de banho.

— O que foi, nunca viu uma mulher de toalha?

Mateus quase não conseguiu responder. 

— Por que pergunta isso?

Era visível o desconforto dele.

— Porque você está mais vermelho que um tomate.

Mateus se sentiu murchar de tanta vergonha. Se tivesse um buraco no chão, ele colocaria a cabeça como dizem que o avestruz faz.

Mas havia coisas mais importantes para se resolver do que a sexualidade de um jovem universitário encarnado. Então Sabrina apontou para o celular ao lado dele na cama:

— Sua mãe está te ligando há duas horas. Me admira o celular ainda ter bateria. 

Mateus pulou de volta na cama para pegar o aparelho.

— Jesus amado, me proteja de não ser morto por essa velha que amo tanto.

Sabrina mais uma vez se sentiu culpada por tudo que estava acontecendo. E por mais que fosse inevitável essa situação, não precisaria estar acontecendo agora, com Mateus tão verde ainda.

— Então, vou te explicar rapidamente o que houve enquanto você toma banho, porque está fedendo muito. Vai logo para o chuveiro.

O rapaz ainda estava mexendo no celular vendo as inúmeras chamadas que sua mãe fez para ele quando as palavras dela foram captadas pelos seus ouvidos. Rapidamente ele perdeu o interesse no celular.

— Não preciso de banho, pode falar.

Sabrina percebeu ele corar novamente.

— Qual o seu problema, Mateus? Você por acaso é virgem?

A encarnada quase caiu na gargalhada quando viu os olhos dele se arregalarem e seu rosto empalidecer. Mas não iria caçoar dele. Não nesse momento.

— Pode ficar tranquilo que não tenho interesse em te olhar tomando banho — disse ela jogando uma toalha para ele. — O sabonete está na pia do banheiro. Use-o.

Sem reclamar, ele pegou a toalha e entrou no banheiro.

— Deixe a porta meio aberta para você poder me ouvir.

Ele então se despiu e entrou no box para tomar o seu banho. Já tinha quase 24 horas desde a última vez que ele havia se banhado, mas logo que entrou no box se deparou com um grande problema: havia dois registros de água, qual seria o da água quente? Ele então abriu um e partiu para debaixo dele. A água bateu gelada em suas costas, fazendo o seu corpo tremer de frio, pois não estava acostumado a tomar banho frio. Mas em poucos segundos a água caiu fervendo, e se ele não tivesse pulado rápido para longe da água, teria se queimado.

Do lado de fora do banheiro, sentada na cama, Sabrina se divertia ouvindo a jornada cômica de seu companheiro no primeiro banho em um motel.

— Esqueci de te avisar, você tem que ajustar os dois registros para ter uma temperatura agradável de água. Desculpa.

De dentro do box veio uma resposta malcriada.

— Só agora você diz isso. Depois de quase ter sido assado?

O EncarnadoWhere stories live. Discover now