Capítulo 30

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Elliot era o irmão mais velho de Christian, e eu percebi que eu poderia sim tê-lo como cunhado - dos dois lados, porque Kate me fez prometer que eu iria falar sobre ela em algum momento com ele. Ele era divertido e brincalhão, tudo se tornava piadas e ele parecia muito propenso a provocar Christian a minhas custas; Mia era um doce, ela era dois anos mais velho que eu, mas estava no terceiro ano da faculdade de gastronomia, me dizendo que fez um ano sabático em Paris para estudar mais sobre a culinária de lá. Nós conversamos bastante, e eu adorei os dois, e a forma fofa como eles pareciam tão entusiasmados em me conhecer e saber tudo sobre mim.

A família toda fazia aquilo.

Eu não me senti de lado ou uma intrusa apesar de realmente só ter os familiares de Christian ali, todos era muito simpáticos e nunca me deixavam sozinha nem por um instante, apesar de Christian ser roubado de mim a todo momento.

Ava e Theodore eram os avós de Christian por parte de pai, e eles eram um casal engraçado, mas completamente apaixonados pelo neto, e foram os primeiros a começar o interrogatório de um jeito nada discreto, querendo saber sobre mim, o que eu fazia, se eu vim para ficar mesmo, se eu gostava de crianças.

Enquanto Christian estava perto ele tentava intervir, sempre interrompendo quando alguém começava a fazer perguntas demais ou então falava sobre crianças. Eu entendia o que ele estava fazendo, estava tirando o peso de Rose de cima de mim, não queria que eu me sentisse na obrigação de cuidar dela só por ser sua namorada - que sequer era namorada ainda porque não tinha pedido!!. Mas ele não entendia que eu não sentia peso algum, eu gostava de Rose por ela ser ela, e não por estar conosco na vida dele.

Eu principalmente gostava também em como ela estava manhosa ultimamente, toda hora me querendo, e mesmo ali no meio da própria família a qual estava acostumada, ela se recusava a sair de perto por muito tempo.

Mesmo numa casa elegante e chique, os Grey eram completamente simples, a mesa de jantar grande e nada de milhares de talheres, as conversas eram altas enquanto comiam e todo mundo falava ao mesmo tempo. Eu nunca me senti tão acolhida em algum lugar, eu nunca me senti daquele jeito nem com minha família.

Após o jantar estavam todos na sala de estar, jogados nos sofás e as conversas nunca acabavam.

_ Ei, mãe, pode cuidar da Rose por algum tempo? - Christian pediu, me estendendo a mão para que eu me levantasse.

Franzi o cenho, mas fiz como pediu, e entreguei uma Rose hesitante para a avó.

Eu ri quando Grace teve de lhe dar o próprio celular para que ela ficasse quieta em seus braços e parasse de puxar o decote do meu vestido.

_ Só assim para eu conseguir segurar você hoje, né, princesinha? - ela brincou com Rose. - Demorem o quanto precisarem, eu vou dar um banho nessa gatinha daqui a pouco e colocá-la para dormir.

Christian me guiou para fora da sala sobre algumas piadinhas de Elliot.

_ Voce fica dando trela para esse idiota, uma hora elas vão se virar para você - ele brincou quando me ouviu rindo.

Eu prendi o riso, sentindo suas mãos apertarem minha cintura e me fazerem cócegas em seguida.

_ Olha, se você está achando que eu vou transar com você em algum lugar da casa dos seus pais, está enganado - resmunguei enquanto percebia Christian me guiar por um corredor de folhas do lado de fora no jardim impecável da mansão.

Christian.

_ Seria uma ótima ideia e se você quiser nós iríamos sim, mas não é com essa intensão que eu estou te levando para esse lugar - ele falou, e deixou um beijo em minha cabeça.

Expresso 21Where stories live. Discover now