Capítulo 31

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Naquela noite chovia toneladas. Arizona se assustou quando a tela de proteção da janela do quarto de Callie se fechou abruptamente com o vento.

— Finalmente consegui falar com Mark — Callie entrou pela porta do quarto. A médica usava uma calça moletom e uma camisa de alcinha — Conseguiu falar com Timothy?

— Consegui, ele disse que não tem mais medo de chuva assim, que está quase adulto — respondeu a loira, erguendo as mãos para o alto como quem diz “Ok".

— Precisamos dizer para Tim que a vida adulta é cruel, para ele não ter uma decepção tão grande quando esse momento chegar — disse Callie, sentando-se ao lado da loira, na cama, achando meigo a maneira como ela se preocupou em manter o seu lado com três travesseiros, da forma como a médica gostava, mesmo Arizona dizendo que um deles, durante a madrugada, sempre era lançado para o chão.

Elas deitaram-se de frente uma para a outra. Sorrisos antecederam o beijo carinhoso que elas deram.

Um trovão alto as assustou, interrompendo-as, em seguida a escuridão tomou conta do ambiente.

Callie sentiu Arizona segurar seu ombro, vez ou outra a médica conseguia vislumbrar seu olhar assustado, quando o céu se iluminava, com lampejos seguidos de trovões.

— Acho que vamos ficar sem luz até amanhã — disse a médica — irei procurar umas velas.

— Tudo bem — Arizona apertou levemente o braço da médica.

— Não demoro, prometo — disse, antes de se afastar.

Em poucos minutos Callie voltou, espalhou algumas velas pelo quarto que agora se encontrava parcialmente iluminado, deixando a vista pequenos cantos onde as mesmas haviam sido colocadas.

Quando a médica virou-se para a cama, encontrou a loira em pé, apenas de lingerie.

Arizona sorriu, sentindo um friozinho quase adolescente ao ver a médica. Callie achou incrivelmente lindo e sedutor a forma como a luz das velas chegavam até às mechas loiras e mal iluminadas, a maneira como sua pele branca parecia brilhar sutilmente toda vez que a luz das velas chegavam até Arizona.

A loira mordeu o lábio ao perceber o quanto a médica a olhava com desejo, como se pudesse ver muito além dos seus olhos azuis.

Calliope tinha um olhar confuso, se perguntando se deviam, se não era cedo demais. Arizona ainda tinha alguns curativos em seu corpo e a médica tinha receio de machucá-la.

A loira se aproximou e amou vê-la completamente errada. A médica estava evidentemente de queixo caído.

— Callie — disse em um sussurro — você não vai me machucar se fizer amor comigo — disse, colocando os braços sobre o ombro de Calliope.

A médica pousou as mãos sobre a silhueta da loira provocando um sorriso na mesma, provavelmente feliz por tê-la convencido.

Callie aproximou o corpo seminu de Arizona, feliz por não precisar fazer um esforço torturante para não tocá-la.

A médica tirou sua calça, ficando de calcinha. A camisa, de pano fino, deixava evidente nesse momento o desenho de seus mamilos. As duas deitaram sobre a cama, lentamente, como se estivessem em câmera lenta, o som da chuva forte lá fora as lembrando de que elas realmente estavam vivendo aquele momento mais uma vez.

Calliope estava por cima e se preocupou em antecipar, mentalmente, seus movimentos antes mesmo de realizá-los, apesar de acreditar que, ainda que algum dos seus toques causasse de fato alguma dor à loira, ela seria anestesiada quase que imediatamente pelo prazer gritante que havia entre as duas.

Arizona tinha urgência em querer que a médica lhe tocasse e Callie se divertia ao vê-la arquear as costas, enlouquecida.

Calliope espalhou beijos por toda a região do abdômen da loira e subiu lentamente, sentindo o abdômen de Arizona descer e subir, excitada. A loira sorria, mordendo o lábio inferior, ela fechou os olhos quando Callie tirou seu sutiã e beijou seus seios.

A médica não tinha pressa alguma. Ela explorava cada milímetro do corpo de Arizona, usando as pontinhas de seus dedos para percorrer a pele da loira. Sentia a energia entre elas ultrapassar uma barreira inimaginável, seu coração batendo descompensado em seu peito a fazia querer, por tudo, pausar aquele momento, embora ela tivesse a completa certeza de que o viveria muitas vezes.

Não era como se alguma novidade de verdade pudesse existir, mas sentia que a cada dia Arizona a tinha um pouquinho mais, da mesma forma, a loira se entregava também.

Era só uma sensação, não uma coisa que conseguisse descrever e, mesmo que conseguisse, acreditava ser realmente necessário cada pessoa viver esse momento pelo menos uma vez na vida para compreendê-lo. Era muito mais do que sexo, Arizona não precisava dizer nada, as duas trocavam olhares que diziam absolutamente tudo.

Quando Callie, com seus lábios quentes, começou a beijar o ombro e traçar uma linha de beijos até o pescoço da loira, ela a viu jogar delicadamente a cabeça para o lado e fechar os olhos tão lentamente com os lábios semiabertos, era a imagem tentadora que ficaria em sua memória, disso Callie não tinha dúvida.

A médica continuou com seus gestos suaves e torturantes. Arizona já não aguentava mais. Seu corpo, por incontáveis vezes, estremeceu a cada toque e beijo de Callie. Sentia como se tivesse esperado esse momento por uma eternidade.

Com seu corpo sobre o corpo de Arizona, Callie massageou-a por cima da peça de roupa e em instantes sua mão já estava diretamente em contato com a pele úmida da loira. Quando seus dedos chegaram até o clitóris da mesma, Arizona colou seus lábios no ouvido de Callie, que sentiu todos os pelos da sua nuca se eriçarem ao ouvi-la gemer seu nome, em um tom rouco e sedutor.

Arizona cravou seus dedos entre as mechas escuras de Callie, gemendo sempre que a médica intensificava seus movimentos com os dedos.

A médica não ia negar que também estava enlouquecendo, vendo Arizona tão entregue. As mechas loiras desgrenhadas colavam em seu rosto suado, a luz das velas fazia parecer que elas haviam planejado todo aquele momento, tornando-o mais especial ainda.

Callie se atreveu a parar e sentiu Arizona estremecer de raiva.

— Puta que pariu, Calliope, você vai me matar — murmurou, sorrindo em seguida.

Callie não conteve o riso. Ela viu Arizona relaxar com a cabeça sobre o travesseiro, os olhos fechados, tentando controlar sua respiração e sem que a loira percebesse, ela desceu depositando beijos sobre a região úmida.

Ouviu a loira soltar um gemido e puxar o lençol da cama.

Calliope continuou e não parou até que Arizona soltasse seu último gemido seguido de uma risada espontânea. A loira tentava, fracassadamente, capturar todo o ar de seus pulmões ao mesmo tempo em que seu coração parecia querer saltar de seu peito.

Naquela noite as duas recusaram-se a dormir. Haviam feito amor muitas vezes, entre conversas bobas e sorrisos cúmplices elas perderam completamente a noção do tempo. Essa havia sido uma das melhores noites de suas vidas e imaginavam repeti-la por muito mais vezes.

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Oláa! Espero que estejam todos bem 🥰 Gente, já falei que amo os comentários de vocês? Meu Deus hahaha, é a melhor parte! Haha, me divirto muito muito 🙊🤣 Quem não leu o cap da outra fanfic, por favor né, bata na sua cara se não eu bato 🤣 brincadeirinha, mas corre lá e vai ler, por favorzinho ❤️

Beijinhos e se cuidem 😘

Qualquer erro será arrumado em breve!

Moments - CALZONA - CONCLUÍDAWhere stories live. Discover now