Capítulo 25

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Quando chegaram ao hospital, Callie, Mark, Tim e Sofia foram imediatamente para o quarto de Arizona.

Callie se sentia patética por estar chorando novamente, era um momento de alegria, precisava se manter calma.

Lauren estava no quarto, juntamente a Dra. Bailey.

Tim foi o primeiro a entrar, com certa dificuldade ele conseguiu empurrar a porta de vidro.

— Mãe! — Timothy tinha os olhos cheios de lágrimas, ele tirou os óculos para limpá-los.

— Oi, meu amor — disse Arizona, com a voz fraca — Eu estava com tanta saudade de você!

Lauren o carregou para que ele pudesse abraçar Arizona.

A loira chorou, deixando alguns pingos molharem o moletom de Tim.

— Não precisa chorar, agora você vai ficar bem, não é? Não vai dormir mais? — perguntou Timothy, ainda com a cabeça sobre o ombro da mãe.

— Bom, eu deixarei vocês a sós. Depois voltarei aqui — disse Dra. Bailey, ao se retirar.

Arizona não conseguia dizer nada, apenas o abraçava, deslizando a mão sobre as costas dele.

— Sabe o que eu estava fazendo?

— Huh? — Arizona estava com os olhos fechados, abraçando Tim fortemente, mesmo não sendo tão forte quanto gostaria. Se sentia fraca e sequer conseguia segurá-lo sozinho.

— Eu estava dançando com Sofia, Mark e Callie. Ele tem um vídeo game muito bom. Callie e eu vencemos a primeira etapa, mas Sofia é muito boa dançando também, na verdade ela é ótima, o pai dela que é um pouco ruim por isso nós ganhamos — Tim disse tudo de uma vez — a Dra. Callie pediu a minha pizza favorita e deixou eu comer dois pedaços, eu deixei cair molho na minha blusa, veja — Tim se afastou um pouco para deixar Arizona ver — mas a Dra. Callie limpou rapidinho, só ficou um pouquinho sujo, mas não aparece não é?

Arizona sorriu ao vê-lo animado, e sentiu um contentamento ao ouvir o nome de Callie.

Depois que Tim se afastou, Lauren o colocou de volta ao chão.

— Preciso ir agora, mas qualquer coisa que precisar, pode pedir para me chamarem, ok? — disse Lauren — Filho, toma conta da sua mãe — deu um beijinho na bochecha dele e saiu, passando por Callie, Sofia e Mark.

— Obrigada por me avisar — agradeceu Callie, Lauren sorriu.

Tim bateu no vidro, pedindo para que eles entrassem.

— Callie, irei até a cantina — disse Mark — Acho que esse momento é de vocês, se precisar é só me chamar — Mark acariciou o cabelo da filha e saiu.

Quando Calliope entrou no quarto, o rosto de Arizona se iluminou e ela sentiu como se todo o seu corpo tivesse reiniciado.

Arizona quis congelar aquele momento só para conferir pela milésima vez que não havia mulher nenhuma mais linda e maravilhosa do que Calliope Torres.

Sofia correu em direção à Arizona e a abraçou, meio desengonçada, a loira se inclinou para sentir o abraço da pequena.

— Oi, princesa! Estava com saudades suas, sabia? — Arizona fechou os olhos e beijou o alto da cabeça de Sofia.

— Eu estava morrendo de saudades, Ari. Minha mãe e eu viemos aqui todos os dias. Você nos ouvia?

— Huh...algumas coisas sim e conseguia sentir também, quando tocavam a minha mão — disse Arizona, olhando para Callie.

Sofia sorriu, satisfeita. A pequena anunciou que iria até à cantina procurar o pai, Tim quis acompanhá-la, os dois saíram sorridentes, acenando para Arizona e Callie antes de fecharem a porta.

— Oi, minha linda — sussurrou Callie, um sorriso se formando em seus lábios.

Arizona esticou os braços para abraçá-la.

Quando Callie o fez, Arizona se desmanchou no seu abraço. Ela era o lado bom da vida, a loira nunca quis tanto abraçá-la como agora. A médica tinha olhos enternecedores e braços carregados de carinho.

Arizona não sabia quanto tempo havia se passado, mas poderia estimar que havia dormido por meses, talvez três? A sensação era a de que uma vida havia se passado, pois seu coração estava cheio do que parecia ser saudade acumulada.

Enquanto estava aparentemente dormindo,  Arizona ouvia a voz da médica e sentia quando ela acariciava sua mão. Ela esperava por essas visitas, era difícil identificar quem entrava no quarto, mas ela sabia quando era Callie, quando era a sua Callie.

Ela tinha o dom incrível e raro de iluminar o ambiente, a voz doce de alguém que, por mais que estivesse passando por um momento difícil, tentava mantê-la sempre calma e firme. O toque macio e leve, mesmo com o coração rijo e pesado.

Calliope beijou o ombro de Arizona ao perceber que ela chorava silenciosa.

— Está tudo bem, amor — sussurrou Callie, sentindo a loira apertar levemente o seu corpo contra o dela.

— Eu percebi você todas as vezes em que veio aqui nesse quarto — disse Arizona, em um sussurro quase inaudível, abraçada à Callie  — senti o seu toque, ouvi suas palavras e eu podia jurar que até o cheirinho da sua loção corporal eu senti, mas — a loira engoliu em seco — eu também percebi que assim como eu, você também estava sofrendo e quando veio aqui a última vez eu senti você se despedindo, eu não sei dizer o quanto eu quis acordar naquele exato momento e implorar para você não fazer isso — Arizona fez uma breve pausa e continuou, sentindo Calliope puxá-la para si atenciosamente, com medo de provocar qualquer incômodo — Eu me desesperei, não conseguia me imaginar indo embora e e desistir de você, de nós duas... — Arizona afastou-se um pouco, seu rosto a centímetros do rosto de Callie — mas aí você disse que me amava e eu percebi que não podia ir embora sem deixar claro que eu amo você... — a loira desenhou o contorno dos lábios de Callie com o indicador — eu amo você, não sei quando aconteceu, mas sempre soube que havia um sentimento de inevitabilidade quando a conheci, a sensação de que, sem dúvida alguma, estaríamos juntas, de que haveria um momento em que cruzaríamos o limiar da amizade para algo muito mais — Arizona depositou um beijinho nos lábios de Callie — Você conhece a sensação de estar tão feliz que não consegue imaginar ficar triste de novo? — Arizona perguntou, de forma retórica— Porque é assim que eu me sinto quando penso no amor que eu sinto por você. Eu te amo, Calliope Torres, eu deveria ter dito antes, quero que saiba que eu te amo, obrigada por me trazer de volta — Arizona sorriu com os olhos, o cantinhos dos lábios desenhando um sorriso sutil.

A médica sentou na borda da cama de Arizona, se inclinou sobre seu corpo de forma a deixar seu rosto a milímetros de distância — Se o meu amor por você pudesse salvá-la, você jamais morreria — ela disse, observando Arizona abrir um largo sorriso.

Callie a beijou em seguida, um beijo lento e delicado, sem pressa alguma, pois tinham a certeza de que teriam muito tempo para criar novos momentos juntas.

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Oláa! Alguém acordado? Haha. Que capítulo meiguinho 🥰 Espero que tenham gostado.

Beijinhos e se cuidem 😘

Qualquer erro será arrumado em breve!
 

Moments - CALZONA - CONCLUÍDAWhere stories live. Discover now