Capítulo 30

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Era a primeira vez que Callie levaria Arizona para sair após o acidente. Aos poucos a loira estava se recuperando e ela já conseguia ficar em pé sem se cansar tão facilmente.

— Não vai mesmo me dizer aonde estamos indo? — Arizona estava com os olhos vendados, tentava há dias descobrir o que sua namorada estava aprontando.

— Não mesmo. Logo estaremos chegando — respondeu, com um sorrisinho no canto da boca.

— Então tudo bem — a loira jogou as mãos para o alto, desistindo.

Quando chegaram à escola onde Arizona lecionava, a médica avistou, de longe, as crianças agitadas, segurando cartazes e balões. Ela colocou o indicador sobre os lábios, pedindo para as crianças permanecerem em silêncio. Tim e Sofia estavam um do lado do outro, colocando a mão sobre a boca, tentando conter a vontade de rir alto.

Callie estacionou o carro, deu meia volta e abriu a porta de Arizona.

A loira usava um longo vestido bege e seu cabelo exibia lindas mechas onduladas.

— Eu acho que não disse ainda — sussurrou a médica, se inclinando sobre o banco da loira para desprender o cinto — Mas você é a mulher mais linda que eu já vi.

Arizona esboçou um sorriso. Ainda com os olhos vendados, ela tentou achar a boca de Callie, sem sucesso, beijou a pontinha do nariz da médica. Depois, com as duas mãos, tateou o rosto de Callie, dando um sorrisinho ao achar a boca da mesma — Eu tenho quase certeza de que hoje é a terceira vez que diz isso — beijou-a, entre sorrisos — mas eu não me importo, todas as vezes você faz parecer que é a primeira.

— É? — Callie continuou a beijá-la.

— Aham — a loira segurou a nuca da médica, a beijando um pouquinho mais intenso — É uma pena que não estejamos em casa — sussurrou antes de se afastar, deixando Callie com carinha de desconcertada.

— Isso foi crueldade — a médica reclamou, se afastando. Ela buscou a cadeira de rodas no porta malas.

— Amor, não precisamos mais disso — reclamou a loira.

— É só para garantir... por mim, ok? — implorou a médica, com a voz mais meiga impossível.

— Não adianta eu bater o pé, não é?

— Não — Callie segurou a loira pela cintura, antes de passá-la para a cadeira — por aqui sou eu que comando — disse, com a boca no ouvido da loira.

— Espere até chegarmos em casa — a loira sussurrou de volta, antes de sentar-se, ainda com a venda em seus olhos e sorrindo maliciosa.

— Me atiçar parece que tem se tornado o seu hobby favorito — a médica disse, baixinho enquanto empurrava a cadeira de rodas.

— Você não sabe o quanto eu a quero desde o dia em que saí daquele hospital — revelou Arizona.

— Você sabe que já tem sido torturante demais não poder fazer nada com você ainda, não sou de ferro.

— E o que te faz pensar que eu sou? — Arizona esboçou um sorriso — Callie eu tô subindo pelas paredes.

Calliope riu com a revelação da loira.

— Mamãe — Tim veio correndo até a loira. Callie tirou a venda.

Houve uma festa quando Arizona chegou. As crianças pulavam e gritavam enlouquecidas.

— Meu amor, que surpresa maravilhosa.

Tim cogitou sentar no colo da mãe e após um olhar incentivador de Callie ele prosseguiu — você gostou?

Moments - CALZONA - CONCLUÍDAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora