36. neste momento, ele é o mundo inteiro.

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Pareceria pouco e uma besteira para qualquer um que não compreendesse porque isso é tão grandioso para mim. O que ele faria com isso? Quão previsível o final dessa história poderia ser?

Não queria pensar na porcentagem que estava contra nós, embora fosse inegável que ela muito maior do que a que estava a favor. Nós estávamos em pontos diferentes da nossa vida e tínhamos muito a carregar nas costas, então, qual a chance de coexistirmos lado a lado neste universo, ao menos?

— Querida, — ele chamou, a voz suave sobressaindo-se a música alta e incessante ao nosso redor — volte para mim.

Foquei meu olhar em seu rosto, as íris avelãs fixas nas minhas de um lado para o outro como se ele estivesse coletando um resumo rápido sobre tudo o que se passava em minha mente. Estamos aqui há duas horas, Alyssa já se perdera em algum lugar com St. John e da última vez que vi Caden ele estava na mesa de bilhar arrancando olhares tortos e divertidos em sua fantasia de fada madrinha, e Hunter estava aprendendo ciências na boca de uma morena alta.

Agora éramos Ethan e eu na mesa que estrategicamente fora posta para nós no canto mais acessível para mim e inacessível para todos os outros que insistiam em querer permanecer na órbita desses caras. Ethan ganhou uma bebida com um número anotado em um guardanapo de papel mais cedo, mas eu acidentalmente deixei cair e Alyssa sem querer pisoteou o papel com um pouco de ódio até que ele se despedaçou.

E o choque de realidade que fora perceber, neste momento, que as últimas horas me arrancaram mais risadas do que qualquer outra coisa – coisas ruins, o esperado – estava criando um sentimento de euforia que eu bravamente estava tentando combater, porque não queria tornar isso grande coisa. Eu sequer me fantasiei na tentativa ilustre e bobinha de fingir que nada disso era um grande negócio. Claro, eu não estive na pista ou indo de um lado para o outro com exceção do banheiro, mas eu estava aqui e estava vivendo isso.

Engoli em seco, ponderando minhas palavras antes de começar a falar.

— Eu vomitei antes de sair, tanto é que me atrasei alguns minutos — confessei.

— Bem, pelo menos sabemos que você não está grávida, já que não há nenhuma ação acontecendo aí embaixo — ele apontou, um sorriso divertido curvando seus lábios.

Bufei. – Certo. O que eu queria dizer é que pensei que não ficaria dez minutos aqui sem passar mal.

Ethan assentiu, seu sorriso diminuindo para demonstrar que ele estava me dando atenção.

— Por que eu fiz disso algo tão terrível? — franzi a testa. — Ninguém aqui liga para mim. Sou o equivalente a uma mosquinha, e eu projetei tudo em mim como se eu fosse morrer se alguém olhasse torto.

Com a mão livre, Ethan curvou os dedos em torno de uma garrafa de cerveja e levou aos lábios, bebendo o último gole. Ele parecia querer dizer algo, então esperei quase que ansiosamente. Uma expressão parecida com um pedido de desculpas surgiu em seu rosto.

— Posso ser honesto?

Tombei minha cabeça, divertida.

— Quando você não é?

— Eu estava acreditando que você não viria — confessou. — Ou se viesse, fosse como você disse. Não porque não acredito que você seja capaz, porque eu sei que é ou então não teria insistido, mas porque... Tem algumas coisas que não importa o quanto a gente queira, não conseguimos simplesmente superar tão bem como você fez.

Eu ri. — Não superei nada, Ethan. Amanhã ainda serei a mesma que você conhece há meses.

— Não – ele negou veemente. – Você não é a mesma nem de uma semana atrás, G. Você está melhorando, e eu adoro pra caramba poder ver isso.

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