15. um dia, talvez?

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O AEREPORTO ESTAVA CHEIO, quase sem assentos disponíveis para espera

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O AEREPORTO ESTAVA CHEIO, quase sem assentos disponíveis para espera. Meus colegas estavam espalhados, os três professores que vieram conosco reunidos em um canto ao lado de uma ampla janela que dava vista para a pista de decolagem. Os ruídos incessantes de passos, vozes e chamados eletrônicos para os passageiros de voos iminentes enchiam meus ouvidos mesmo através da música que soava em meus fones. Ninguém veio conversar comigo, provavelmente pegando a mensagem subliminar onde a música e o livro em minhas mãos torna óbvia minha pouca vontade de interagir socialmente. Uma mensagem interrompeu brevemente a melodia e eu levantei meu olhar da página 90 do livro Breves Respostas para Grandes Questões, de Stephen Hawking.

Número desconhecido:
Vamos repetir?
Na cabine do banheiro

Franzi a testa, minha mais expressiva feição de "que merda?" e olhei ao redor tentando descobrir quem estava tão desesperada para um convite tão rude como esse. Uma garota ruiva estava sentada em diagonal a mim, seu celular em sua mão próxima aos lábios para tentar tornar doce o sorriso explicitamente malicioso que os curvava. Fiz uma careta. Não funcionou para ela.

Forcei meu cérebro a me fornecer lembranças sobre quando fizemos algo para ser repetido, mas nada veio à mente. Talvez das últimas festas que fui? Talvez alguma que compartilhei com algum dos caras? Eu realmente não lembrava, o que me fazia parecer um babaca.

Bloqueei a tela e balancei a cabeça para ela, voltando a ler meu livro. Juro por Deus que escutei seu grunhido antes que seus pés aparecessem na minha linha de visão, afastando-se em outra direção. Mesmo que estivesse tentando ser leal a palavra que dei a Gwen e tentando não me mostrar um imbecil que de fato não podia segurar o pau nas calças, não iria transar na cabine de um avião. Acredite ou não, me importava em causar uma boa impressão na área acadêmica de verdade.

Tinha um dia e meio que eu estava fora de Winstown e além de breves mensagens, não tinha falado com qualquer um dos meus amigos ou Alyssa. Esperava que quando estivesse aqui, a animosidade em relação à grandiosidade desta recompensa fosse desaparecer, mas continua me corroendo com uma incerteza que não sei como abandonar. Era frustrante, porque depois de sobreviver a todos os anos de merda que foram impostos a mim, havia aprendido a lidar com meus negócios em silêncio e de maneira consciente, portanto, precisar de um ouvido amigo para me ajudar a conciliar todas as mudanças que estavam ocorrendo era um pouco surpreendente e ridículo em proporções idênticas.

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