Capítulo 65

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Aviso: conteúdo sensível, baixa autoestima, violência e agressão (nada muito explícito, mas é sempre bom alertar).

Ana Schmidt

Aqueles homens mascarados e armados até os dentes me tiraram do carro com agressividade. Loki e Bucky até tentaram fazer alguma coisa, mas o primeiro não tinha suas adagas e não podia fazer feitiços muito complexos, então acabou sendo derrubado por quatro homens, e Bucky, foi mais difícil conter ele, mas conseguiram depois de lhe aplicarem uma espécie de tranquilizante.

Mal tive tempo de pensar no que estava acontecendo, pois quando me dei conta, tinha as mãos algemadas nas costas, uma mordaça na boca e, por algum motivo, me deixaram no escritório do segundo andar, sozinha.

O olho do furacão passou, trazendo ventos fortes.

Curiosamente, consegui ficar tranquila, sem chorar ou entrar em surto. Mas isso apenas por fora, porque por dentro eu estava pirando. Não sabia com quem me preocupava mais, se era com Loki, que não fazia ideia de quem são essas pessoas ou se era com Bucky, pois temia que eles fossem da HYDRA.

Fiquei por longos minutos trancada no escritório, tentando manter a calma, controlar a crise de ansiedade que estava chegando. Me deixaram no chão, mas consegui levantar e andava de um lado para o outro quando a porta abriu, revelando um homem mascarado que jogou Loki no pequeno cômodo comigo.

O príncipe caiu aos meus pés, me fazendo ajoelhar ao seu lado, apenas para averiguar se ele tinha ferimentos graves, mas nada além de alguns arranhões no rosto.

"É a HYDRA." Ele falou na minha mente.

As lágrimas começaram a cair sem que eu pudesse conter. Loki se sentou próximo a mim, também tinha uma mordaça na boca e algema nas mãos.

"Você pode se soltar?" Perguntei, vendo ele se contorcer.

"Eu já me soltei oito vezes, estou cansado."

Os olhos preocupados dele me estudaram.

"Encostaram em você?" Perguntou pausadamente.

"Não, estou bem."

Loki soltou um longo suspiro antes de voltar a falar na minha mente.

"Eles querem o soldado, estão com ele no quarto agora, fazendo perguntas e, por Odin, Ana, nunca vi a mente dele tão perturbada."

Me rastejei até Loki, quebrando todo espaço entre nós. Ele estourou a algema dos seus pulsos e depois fez o mesmo com a minha, aproveitei para tirar a mordaça enquanto ele fazia o mesmo com a sua.

— Não foi isso que quis dizer, quando falei que gostava de mordaças. –Resmungou massageando a mandíbula.

— Achei que estivesse cansado. –Sussurrei.

Ele não respondeu, apenas me puxou para abraça-lo. Com a cabeça em seu peito, pude ouvir a respiração rápida e as batidas aceleradas do seu coração. Eu não ficava atrás, pois estava suando e a ponto de ter uma crise de ansiedade. Minhas mãos úmidas apertavam uma a outra, tentando aliviar aquela sensação tão bem conhecida por mim.

— Ana, agora não. –Loki falou baixinho. – Por favor, agora não.

— Eu não controlo. –Admiti.

— Mas vai ter que controlar, hoje a ansiedade não vai vencer você, então mantenha a calma.

Loki mal terminou de falar, e ouvimos gritos vindos do corredor.

— É ele, estão... –Minhas lágrimas me impediram de concluir a frase.

— Eu vou lá. –Loki me tirou de seu abraço e levantou.

Two Passions, One LoveWhere stories live. Discover now