-Então a única amiga que tive não era nem minha amiga por escolha. - Regina abraçou as minhas costas e deu um beijo na minha bochecha.

-Eu sei, dói, não é? Aconteceu comigo também.

-É? - Eu a olhei com curiosidade.

-Acha que foi conhecidência que eu adotei o filho da Salvadora? Ou que o meu amor verdadeiro seja a filha da minha maior inimiga?

-Nosso relacionamento é real. - Protestei.

-É claro que é, mas não é esse o ponto... Nossas ações são nossas, mas o destino interfere. Talvez seja hora de interferir também.

-Como?

-Ainda tenho que ir a Nova York resgatar a nossa amiga da minha irmã insana e agora você tem que ir atrás dessa menina para redimir os seus pais e mostrar ao Gold que ele está errado sobre você... Que ele não pode te mudar. Que tal juntarmos o útil ao agradável?

-Está me chamando para ir com você em uma viagem de carro, só nós duas? Como um encontro?

-Por que não? - Ela deu de ombros como se não se importasse, mas eu vi o sorriso que ela deixou escapar.

-Achei que podia se cuidar sozinha. - Brinquei.

-É, mas talvez eu precise de você. - Ela sorriu. - Você morou em Nova York, eu nunca saí de Storybrooke. E pelo que eu me lembre, você prometeu que me mostraria a cidade um dia. Então, o que me diz, Srta. Swan? Que tal fazermos de hoje o dia que derrotamos o destino?

-Eu acho que estar na sua companhia é tudo o que eu preciso agora. - Me virei para ela diminuindo a distância que havia entre nós.

-Isso é um sim?

-Sim. - Falei baixinho antes de encontrar a seus lábios.

Mandei uma mensagem para um velho amigo que também trabalhava como cobrador de fiança, na esperança que ele me fizesse um favor e encontrasse o endereço da Lily.

Logo já estávamos com as malas prontas e dentro do carro e enquanto Regina trocava de roupa, pegava o pergaminho do aprendiz e falava com a Malévola, eu fiquei do lado de fora me despedindo da minha família, ou pelo menos de uma parte dela, eu não troquei uma palavra sequer com os meus pais:

-Seja bom. Eu te vejo quando voltar. - Eu dizia ao Henry enquanto o abraçava.

-Tome cuidado, Emma. - Disse Hook.

-Eu vou, cuide do Henry.

-Swan, escute. Como alguém que começou bom e ficou mau, ouça o meu conselho: A vingança é tentadora. As trevas sempre são, resista a isso. - Dizia Hook.

-Por que você não conseguiu?

-Eu não tinha nenhum motivo para viver. Você tem seus pais, o Henry... - Ele suspirou. - A Regina.

-É eu sei.

-O caminho pelas trevas é tentador, faça o que for preciso para ficar no seu, porque uma vez cruzado, não é fácil voltar.

-Emma...

-Tome conta do Henry. - Falei interrompendo a minha Mãe.

-É claro. - Disse David.

Regina também voltou e deu um abraço de despedida no Henry:

-Pegou o que precisava? - Perguntei.

-Não vou a um reino sem magia sem levar a nossa própria. O pergaminho da Rainha da Neve caso tenhamos dificuldade em passar pelo véu que envolve a cidade. - Ela explicou enquanto entravámos no velho fusca.

E Se SwanQueen Tivesse Acontecido?Where stories live. Discover now