Cap.116

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* Sangue. Cenas que podem causar gatilhos. Morte.*


                   O grito era ensurdecedor, doloroso a quem escutava, o barulho de vidros estourando agrediu aos tímpanos dos mais próximos à janela, deixando-os desnorteados, Harry agarrou-se ao corpo da irmã, chacoalhando-a insistivamente, desacreditado e se culpando pelo que tinha acabado de acontecer.Zonzo com o zumbido, Harry foi segurado por Ronald que aos prantos afastava Harry para longe do corpo falecido de Priscila.

— Me solta. É a minha irmã. — gritava Harry se debatendo nos bracos de Ronald que chorava olhando para o corpo da amiga felecido no chão.

A tempestade estava cada vez mais forte, quase que impossível de se manter de olhos abertos com os estilhaços de vidro voando pelo ambiente causando assim, cortes pelo rosto de todos ali, incluindo de Priscila.

Hermione se agarrou aos meninos sentindo seu corpo perder as forcas, o grito que dera ao ver sua amiga morta machucou aos ouvidos de Luna, eles precisavam aparatar, Luna correu para segurar a amiga e de longe olhar para Tom, Draco e Mattheo que estavam paralisados com os olhos fixos e mortos para o corpo de Priscila.

— Harry, se continuar, vai destruir não somente a casa, mas como a todos nós. — gritou Ronald aos prantos, tentava se controlar e manter seus olhos abertos.

O mundo parecia ter desmoronado aos pés, assim como o rompimento de uma corrente e a explosão de um cadeado, as memórias invadiram a mente dos meninos que com turbilhões de sensações sentiram que suas mentes poderiam derreter com tamanha informação, a dor no peito era mais doloroso do que nas memórias que invadiam a mente de Draco e Tom.

Tom pela primeira vez em sua vida se pegou chorando, mesmo tentando culpar a tempestade que o molhava, sabia que era ele chorando, e em um surto de raiva ele gritou ateando fogo a madeira da Mansão em cada canto.

— Eu vou te matar, sua vadia — gritou Tom para Mérope que gargalhava e se deliciava com a morte de Priscila que fora causada por ela, mas ao ver o brilho dos olhos de Tom ela se calou.

— Filho ? — chamou Mérope incrédula, o olhar de Tom emitia um brilho assassino, um no qual a fez temer e lembrar-se de seu amado.

Sectumsempra. — proferiu Tom vendo-a cair ao chão encolhida, seu corpo se enchendo de sangue com cortes que se abriram sem dó. — Crucius. — a dupla tortura a enfraqueceu e sem dar mais atenção a ela, Tom lhe deu as costas ouvindo-a gritar. E para o espanto de muitos, inclusive de Harry que chorava ainda nos braços do melhor amigo, viu Tom apontando a varinha para pequenos pontos da Mansão.

Tom reagiu com o ódio, ele destruia aquele cômodo, para ele, era a única forma para fugir das imagens que invadiam sua mente, do arrependimento de seu plano, do arrependimento de não ter dado a ouvidos ao seu irmão em relação a fugir e brigar com vampiros e um bruxo feiticeiro descontrolado, naquele momento ele chorou, pela primeira vez ele chorou.

— Minha casa. — gritou Lucius sendo parado por Narcisa que o puxou para longe de Tom que parecia cego em destruir todo o cômodo.

Draco naquele ponto chorava, sua respiração falha, como a dificuldade em respirar, os pulmões ardiam e sua mente parecia que explodiria com as imagens do sorriso de Priscila em sua mente, ele olhou para seu pai que estendeu o braço para que pudessem fugir, mas como esperado para Narcisa, ele deu as costas aos pai e correu até a ex-namorada.

— Minha Kuraminha. — ele sussurrou caminhando de encontro ao seu corpo. Draco debruçou-se sobre o corpo da ruiva, seus joelhos sendo arranhados pelos finos cacos de vidros no chão não parecia o incomodar. Ele viu seus olhos abertos, e chorando ao constatar o inevitável ele choroso, levou seus dedos trêmulos e gélidos pelo frio da tempestade para fechar os lindos olhos de Priscila.

𝑇𝑟𝑖𝑜 𝐷𝑒 𝑃𝑟𝑎𝑡𝑎 - 𝐷𝑟𝑎𝑐𝑜 𝑀𝑎𝑙𝑓𝑜𝑦 & 𝑇𝑜𝑚 𝑅𝑖𝑑𝑑𝑙𝑒Where stories live. Discover now