Cap.87

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                  O lugar estava organizado e perfeito para o Natal, tão belo quanto das vezes em que passaram aquele feriado tediante naquela animada e singela casa, e como ela amava estar de volta, e ao ser recebida com abraços e beijos de Hermione e Rony, ela se sentiu em casa, e ao vê-los parados um ao lado do outro sorrindo para a ela, a ruiva caminhou acanhada.

— Feliz Pré-Natal, foguinho. — exclamou George a puxando para um abraço apertado e saudoso. — Fico feliz que tenha vindo, vou colocar suas malas no meu quarto.

— Obrigada, Geroge. — Priscila o abraçou, retribuindo o abraço inalando o cheiro do ruivo. Ao ver o ruivo se afastar para pegar suas malas ela o viu com as mãos no bolso da calça de moletom preta. — Feliz Natal, Fred.

— Feliz Natal, moranguinho. — ele exclamou, mas diferente de George, ele não a abraçou.

— Podemos conversar, Fred ? — ela perguntou sentindo-se estranha perto do garoto que ajeitou sua postura e assentiu, mas antes que pudesse seguí-lo, sentiu sua orelha se puxada por uma mão gélida e molhada.

— Sua garotinha mimada, teimosa. — Molly exclamava virando a menina de encontro a ela. — Não acredito que me fez passar o Natal sem minha filha.

— Ué, e eu ? — Gina questionou a mãe ofendida.

— Ah, Ginevera, fique quieta. — Molly continua a exclamar, abanando a mão em direção a filha que apenas bufou e revirou os olhos se afastando ao ouvir as risadas do irmão.

— Desculpe, tia Molly. — Priscila pediu chorosa. — Eu sei que está com raiva, mas a senhora tá me machucando.

— Desculpe, querida.

Da água para o vinho a raiva de Molly mudou, indo para o choro típico de saudade e as inúmeras perguntas se ela precisava de algo ou se estava com fome.

— Vamos ? — Fred perguntou ao notar que toda a família estava distraída na cozinha, Priscila assentiu para o amigo e o seguiu para o quarto, ele adentrou ao local, e fechou a porta com o pé. — O que houve, moranguinho? — sua voz ela baixa, mas seu olhar era sofrido.

— Gina me contou que pediu a Molly para te por em outro lugar para dormir. Porquê? — Priscila questionou sem rodeios fazendo-o rir.

— Direta como sempre, moranguinho. — ele murmurou risonho, tirando as mãos dos bolsos e sentando em sua cama apoiando o corpo pela palma da mão direita, enquanto a esquerda estava entre as pernas brincando com o tecido da coberta. — Não quero que pense que estou investindo em você, moranguinho, eu e George já desistimos.

— Eu sei disso. — ela suspirou — Mas George não mudou comigo.

— George não é louco por você como eu.— Fred a cortou, olhando-a profundamente. — Eu não vou te forçar a me amar, tentei o máximo que pude, mas eu também tenho meus limites e eu já me machuquei o suficiente.

Aquilo a feriu, saber que inconscientemente ela o machucou, ela abaixou o olhar e começou a brincar com o casaco de couro preto, até ouviu o barulho da madeira e uma aproximação repentina do ruivo que parou na frente da mulher que se espantou.

— Já falei para não se sentir mal, não tem culpa do meu amor por você não ser correspondido, você não é obrigada a me amar desse jeito. — Fred exclamou tocando na bochecha esquerda da garota.

— Por que vai sair do seu quarto ? — perguntou Priscila ainda sem conseguir o compreender.

— Por que é doloroso, eu não mudei com você, moranguinho, você ainda é a minha melhor amiga, mas não consigo ficar perto de você sem te beijar ou te tocar e não poder dizer que é minha. — Fred passou o polegar nos lábios da garota que continuou a olhá-lo fixamente. — Só quero que me entenda.

𝑇𝑟𝑖𝑜 𝐷𝑒 𝑃𝑟𝑎𝑡𝑎 - 𝐷𝑟𝑎𝑐𝑜 𝑀𝑎𝑙𝑓𝑜𝑦 & 𝑇𝑜𝑚 𝑅𝑖𝑑𝑑𝑙𝑒Where stories live. Discover now