36

5.1K 331 81
                                    

Hoje foi a segunda vez que acordei antes de Vinnie desde que o conheci. Arrumei todas as minhas coisas enquanto a família dele estava no quarto, eles estavam muito felizes, não sei se mais do que eu, mas estavam felizes.

- Tô entrando. - Aviso abrindo a porta do quarto dele.

- Oi, querida. - A mãe de Vinnie diz com um sorriso enorme no rosto. É bom ver ela mais calma.

- Os outros já foram? - Pergunto ao notar a ausência do resto da família.

- Mandei eles irem, meu filho precisa descansar. - Ela passa a mão na cabeça de Vinnie como se ele fosse apenas um garotinho. - Estávamos conversando e talvez seja bom ele passar esse tempo de recuperação na minha casa, o que acha?

- Já disse que não, mãe. - Vinnie se manifesta.

- Cassie, diga alguma coisa. - Ela me olha e sei que quer que eu convença ele.

- Bom... acho que seria bacana, ele precisa de atenção no momento. - Falo um pouco sem graça e Vinnie me olha com as sobrancelhas franzidas.

- Ótimo! podemos ir para a casa de campo, a última vez que você foi lá ainda era um menininho. - Ela começou a falar toda animada. Não consegui não sorrir, é evidente o quanto ela ama o filho.

- Só vou se ela for. - O loiro diz olhando pra mim.

- Não posso ir. - Pressiono meus lábios e cruzo os braços.

- Por que não? - Ele retruca.

- Já faltei muito na faculdade, se eu quiser um futuro vou ter que me esforçar mais. - Suspiro ao falar. - E você vai demorar no mínimo um mês pra se recuperar.

- Posso resolver isso em um minuto. - Ele diz. - Por favor.

- Cassie, você é minha convidada e espero que não me faça essa desfeita. - A mãe dele fala e vem em minha direção me abraçando. - Ele precisa de você e eu de vocês dois. - Me dá um beijo na testa e sai do quarto. Esperta, não me deu nem tempo de negar.

- Você tem a quem puxar. - Murmuro. - Mas eu não tenho como ir, sinto muito.

- Cassandra, você está me deixando pior, vai ter que chamar o médico. - Ele fecha os olhos fingindo que morreu e eu dou risada.

- Não brinca com essas coisas, idiota. - Me aproximo e sento na beirada da cama.

- Tem como dar o braço à torcer pelo menos uma vez? caramba, eu levei um tiro. - Ele abre os olhos e me encara.

- Hum... foi só um.

- Se eu tivesse levado dois, você iria comigo?

- Talvez.

- Preciso de uma arma. - Ele fala com o rosto sério.

Não consigo manter minha postura e começo a rir mais uma vez. Esse garoto é impossível.

- Se você resolver o problema da faculdade, posso pensar na possibilidade.

- Tá bom. Você vai, Cassandra. - Ele pisca pra mim.

- Por que tá me chamando de Cassandra? - Me deito devagar ao lado dele.

- É seu nome e eu acho lindo. Se um dia eu tiver uma filha vou colocar esse nome ou um parecido. - Ele diz animado e eu engulo seco.

- É... - Murmuro. - Quer ter quantos filhos?

- Talvez dois ou três. - Responde demonstrando a quantidade com os dedos. - Gosto do cheiro de bebê.

- Três? não é muito? - Falo tentando sorrir, mas por dentro esse assunto tá me matando.

- É um número bacana, não é muito, mas também não é pouco.

OBSESSIVE - VINNIE HACKERWhere stories live. Discover now