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- Que merda aconteceu com você? - Falo tentando segurar ele, é muito pesado pra mim vou acabar derrubando ele no chão.

- Tô cansado, Cass... - Ele murmurou apoiando sua cabeça em meu ombro.

- Tá, calma. - Digo isso mais pra mim do que pra ele. Coloco o braço de Vinnie ao redor do meu pescoço e levo ele quase arrastado até o meu quarto, deixo ele sentado na cama. Seu rosto tá um desastre, tem sangue na maior parte... como ele some por seis dias e aparece assim do nada em plena madrugada? Levo a ponta do meu dedo até os seus lábios, parece ter um corte grande ali.

- Ai! - Ele reclama e afasto minha mão no mesmo instante suspirando.

- Desculpa. Como diabos você subiu aqui? Rick não deixa ninguém passar sem me avisar. - Cruzo meus braços olhando pra ele.

- Dei um perdido nele. - Responde com um sorriso irônico no rosto.

- Deu um perdido no meu porteiro?

- Sim, ele que dormiu no ponto... literalmente. - Ele diz franzindo as sobrancelhas.

- Não fala assim do Rick, ele é um amor. - Observo uma gota de sangue cair no meu lençol branco. Ótimo, adeus lençol. - Você sujou minha cama.

- Você pode dormir na minha, não tem problema.

Como ele consegue brincar nessa situação?

- Pelo amor de Deus, Vinnie! - Suspiro e faço um coque no cabelo, vou tentar dar um jeito nisso, não quero ninguém morto no meu apartamento. - Fica aqui, tá?

- Não é como se eu fosse conseguir sair. - Mais uma dessa e eu jogo ele da janela. Vou até meu armário e pego o kit de primeiros socorros, ele tem sorte que eu sempre compro essas coisas pra casos de emergência, inclusive nunca pensei que iria precisar usar um dia.

Coloco a caixa aberta em cima da cama, me encaixo entre as pernas dele e amarro seu cabelo com um pompom que estava em cima da minha cômoda, assim seus ferimentos ficam mais amostra.

- Quem te bateu assim? - Pergunto limpando o machucado da sua testa, gemidos são soltos pela a sua boca, isso deve doer pra cacete.

- Posso garantir que o outro cara ficou bem pior.

- Não pensei que você fosse do tipo que arruma briga.

- Não sou, mas o cara mereceu. - Ele murmurou. Limpo o corte do seu rosto e jogo o algodão em cima da cama, já estava suja mesmo. - Não sei porquê você namorou com ele, toda vez que ele abria a boca eu sentia vontade de dar mais um murro.

O que?!

- Você bateu no Eliot?! - Ele nunca foi bom de briga, se Vinnie está nessa situação ele deve estar totalmente quebrado.

Vinnie dá de ombros como se não tivesse feito nada demais. - Vai ficar do lado dele?

- Não tô do lado de ninguém, nem sei o que aconteceu. - Pego um algodão novo com álcool e encosto no seu lábio inferior, ele leva sua mão até meu braço e aperta com certa força. O aperto dói, mas sei que nem se compara a dor que ele tá sentindo.

- Porra! tem como terminar isso logo? - Jogo o algodão longe, queria limpar melhor, só que isso não vai ser possível, Vinnie é muito reclamão. Coloco curativos em todos os machucados, inclusive na sua boca, boca muito linda por sinal, tive que me segurar pra não beija-la.

- Posso... posso tirar sua blusa? - Pergunto coçando minha nuca, tem uma mancha de sangue ali, provavelmente seu peitoral também se encontra machucado.

- Você quer tirar minha blusa? - Responde com um sorriso sugestivo, o que me faz revirar os olhos.

- Não, mas não posso ver seus machucados com a blusa no meio.

OBSESSIVE - VINNIE HACKEROnde histórias criam vida. Descubra agora