Confesso que estou um pouco nervoso. Não sei bem como encarar o pai de Serena.
Ela finalmente sai de seu apartamento. Seus cabelos estão soltos e jogados para o lado direito. A maquiagem leve realça seus belos traços naturais e seu vestido simples, na cor branca, a deixa mais jovem. Não consigo tirar os olhos dela.
— Estou bonita? — pergunta.
— Que isso! Nem precisa perguntar. Não está vendo minha cara de bobo? Se fossemos irmãos, acho que eu me esqueceria disso ao vê-la tão linda assim.
Serena sorri e suas bochechas assumem um tom avermelhado.
— Não precisa exagerar — diz, baixando a cabeça.
— Não estou exagerando, você é a única pessoa que já me fez querer beijar minha própria irmã. Acho que ninguém nunca passou por isso antes.
Ela ri tapando a boca com a mão.
Eu me aproximo e retiro a mão dela da frente de seu sorriso.
— Não o cubra — peço.
Serena ergue as sobrancelhas, confusa.
— O seu sorriso — explico. — Deixe que eu o veja. Algo que eu sempre desejei foi um dia fazê-la sorrir desse jeito.
— Ninguém, além de você poderia me fazer sorrir com tanta sinceridade — afirma.
Abro um sorriso, eu não consigo conter minha felicidade ao ouvi-la dizer isso. Ainda parece um sonho.
Estendo a mão para que ela segure. Como de costume, Serena tagarela o tempo todo enquanto eu dirijo. Não posso negar, estou ouvindo e prestando atenção, mas não consigo me concentrar na conversa. A ansiedade toma conta de mim.
— Você não precisa ficar nervoso, eu avisei que viríamos — ela diz empolgada.
Assim que os pais de Serena vêm me receber, sinto que todo meu ar foi embora.
— Pode respirar — diz o pai de Serena me dando um tapinha nas costas. — Uma hora ou outra isso ia acontecer.
Nós nos sentamos no sofá simples da sala e já faz alguns minutos que ninguém diz nada. Nem sei por onde começar.
Dona Marta serve um suco para nós e me encara, cerrando os olhos.
— Então, você rejeitou Serena porque achou que ela era sua irmã — zomba.
— Sinto muito, senhora. Entendi tudo errado.
— Pobre criança, deveria ter vindo conversar comigo.
— Nem pensei nisso.
— Gosta da minha filha? — pergunta o Senhor Jairo.
— Não senhor, eu a amo — respondo e eles me encaram.
— Já gostava dela quando era pequeno e vinha dormir aqui em casa? — ele pergunta, me fazendo corar.
— Eu nunca fiz nada estranho — afirmo.
— Então a resposta é sim. Garoto astuto — ele retruca.
— Vim até aqui — começo. — Porque quero pedir a mão de sua filha em casamento.
Serena engasga cuspindo metade do suco que havia colocado na boca. A mãe dela deixa a jarra cair no chão.
— Casamento? — Jairo toma um gole do suco, tranquilamente.
— Sim senhor, eu não falei errado. Quero namorar Serena com a intenção de me casar com ela. É claro que vou precisar de um tempo para convencê-la disso — explico. — Você está bem? — Eu me levanto e vou até ela.
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Romântica (COMPLETO)
ΡομαντικήCOMPLETO Sinopse: Serena se recusa a desistir do amor, tanto que decidiu se tornar terapeuta especializada em ajudar pessoas, com algum trauma amoroso ou coisa parecida, a se reerguer e encontrar o verdadeiro amor. Ironicamente, depois de ser rejeit...