CAPÍTULO 10

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   LUÍSA BRODT

Dias depois...

- já faz um mês, que falou que se livraria desse gato.
Letícia falou, colocando seu casaco.

- não consigo... olha essa carinha!
Exclamei, pegando ele no colo.

- mas vai ter que conseguir. No outro dia acordei com ele lambendo minha cara.
Ela falou, e bufou.

- ele gosta de voce.
Falei, largando o mesmo na caminha.

- gostando ou não, ele tem que ir Luisa.
Falou, e revirei os olhos.

- vou tentar achar um lar... eu vou tentar!
Falei, e ela sorriu.

- agora vamos, o jogo começa dentro de uma hora.
Ela falou, e assenti.  Era mais um jogo dos play-off, mas agora era o deciso, se o modena ganhasse esse jogo contra o Perugia, estariam oficialmente na final. Modena estava empatado com o time rival 2 a 2. O clima não era nada bom, a tensão predominava a todos, ainda mais depois dos últimos acontecimentos, envolvendo os jogadores. Estávamos na arquibancada,  e notamos os meninos entrarem, ambos com o semblante sério,  eles não estavam para brincadeira, mas estavam em puro ódio, isso era óbvio.

- quer?
Letícia me ofereceu, um pouco de  água.

- tô de boa.
Falei, fitando a hora no meu relógio de pulso. Duas mulheres sentaram Do nosso lado, e pelo jeito conheciam a Letícia, pois conversavam de formar... quem ela não conhecia nessa cidade?!

- e você e o bruno? Ainda tão se pegando?
Uma delas perguntou,  ainda mantia meu olhar na quadra, mas com os ouvidos atentos.

- isso já passou. Somos amigos.
Letícia respondeu.

- ufa! Melhor pra mim então, hoje ele não me escapa!
Falou, e direcionei meu olhar pra ela. Que me encarou de cima abaixo, me deixando meio constragida.  Ela estava com uma roupa, um pouco inadequada pra um jogo, saia justa curta, e blusa com decote na região dos seios e botas. Sua maquiagem era um pouco pesada, caprichando no batom vermelho.  E eu! Bom, estava da forma mais simples possível, calça Jens, tênis e uma camiseta do modena, meus cabelos soltos, sem nenhum resquício de maquiagem.  Notava os olhares,  de alguns homens que passavam nelas, e revirava os olhos, com o tamanho da cara de pau delas, se atirando pra qualquer um.

Estávamos no final do quarto set,  modena estava ganhando, e deixando seus torcedores mais eufóricos, para poderem gritar no fim do jogo. Era nítido que os meninos, estavam ansiosos para comemoraren ,mas os minutos passavam lentamente. Estava levemente agoniada com aquilo. Letícia segurava o meu braço, enquanto eu roia a unha. Até que finalmente, com tanta tortura o juiz apitou o fim de jogo. A gente se abraçou eufóricas, e sorrimos para os meninos,  que gritavam e comemoravam. Bruno, pulou no colo do Ngapeth,  todo eufórico, gritando ao algo que não entendi naquele momento.  Swan e nimir, vieram até a gente na arquibancada, pra comemorar... mas tiveram que retornar pra quadra, para aplaudir a torcida.

Meu olhar e o do Bruno, se encontaram no meio daquele tumulto, e pude ver um sorriso se formar no seu rosto, aquele sorriso era diferente de todos os outros. Retribui,  acenando pra ele.

- luli, vem!
Letícia falou, me puxando pelo braço, até o vestiário, onde os meninos se encontravam

- ganhamos luli!
Swan falou, sem camisa e todo suado, me abraçando.

- tô muito feliz por vocês, e por terem deixado você jogar os dois últimos sets decisivos. Você é meu orgulho.
Falei, abraçada nele.

- também quero!
Nimir falou, e demos abraço em conjunto.

opostos! - Bruno Rezende!Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang