CAPÍTULO 12

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                  LUÍSA BRODT

Era pra ele ter ido embora, mas não, ele quis ficar e segurar "vela". Esse tipo de jogo não fazia meu estilo, não gostava disso, pois eu via que ele não tava bem com aquilo, e isso me deixava chateada. Porque usar os sentimentos das pessoas,  mesmo que seja uma brincadeira só pra mostrar o que sente, nunca deve ser feito. Estávamos na sobremesa já, e o Bruno na segunda garrafa de vinho.

- isso não dá pra mim.
Falei baixinho, pra Letícia.

- dá sim! Tem que dá!
Ela falou, e sorri fraco.

- você é um cara de sorte.
Bruno falou, e por incrível que pareça ainda não estava bêbado.  Olhei pra ele  confusa.

- sempre soube.
Davi falou.

- cara humilde. 
Bruno falou em tom de ironia

- vamos mudar o assunto...
Falei, constrangida com isso já.

- agora que eles tavam se entrosando.
Letícia falou, com cara de deboche.

- é Luísa,  ele é legal até..
Davi falou, segurando meu queixo.  E se aproximou me dando um beijo, aquilo era tão estranho pra mim... pois não sentia absolutamente nada.

- acho que já deu a minha hora.
Bruno falou, se levantando da cadeira.

- sabe que não pode dirigir assim... bebeu demais, e  se para em uma blitz já era.
Swan falou

- é Brunão,  a Luísa leva você. Foi a única que ainda tá sóbria.
Letícia falou, e fitei ela.

- não quero atrapalhar o namorico dela.
Ele.falou com desdém.

- não jamais. Vai luli.
Swan falou, me alcançando as chaves do Bruno. Coloquei meu casaco, e ele as coisas dele.  Durante o caminho,  ele batucava os dedos no painel do carro, na tentativa de me irritar... bom estava começando a dar certo, mas conhecia ele o suficiente pra não cair no seu joguinho.

- entregue!
Falei, na porta do seu ape.

- não quer uma água? Afinal veio até aqui.
Falou, com um sorriso discreto nos lábios.

- só água, Bruno!
Falei, e ele assentiu.  Levantando as mãos em rendição.

- vai voltar como?
Perguntou.

- vou pedir um uber.
Falei, adentrando no seu apartamento.

-é muito perigoso esse horário... seu namoradinho é um inconsequente.
Ele falou indo até a cozinha, e eu o seguia

- eu sei me defender, sempre foi assim.
Falei, ele sorriu de canto, pegando um copo no armário.

- ah sim, vai mandar seus golpes de kung-fu nos caras.
Ele falou, e revirei os olhos

- que piadinha chata!
Falei, pegando o copo com água das suas maos. Cruzou seus braços na altura do peito, se escorando no armário.

- as garotas da sua idade,  não agem assim... realmente você é diferente, luli.
Falou.

- um diferente ruim?
Perguntei, e ele negou com a cabeça.

- isso é bom demais. Pena que o cara que tá com você, não merece a metade.
Ele falou

- qual seu problema com ele? Se desse uma chance, iria descobrir o cara legal que ele é.
Falei, e ele mordeu seu lábio,  balançando sua cabeça negativamente.

- o meu problema seja ele está aqui. Ele tá atrapalhando tudo, Luísa.
Falou, se aproximando de mim.

- seja  mais claro, Bruno.
Falei, engolindo a seco com a proximidade dos nossos rostos. Sentia sua respiração quente,  meu olhar estava preso no dele em uma sintonia única.

opostos! - Bruno Rezende!Where stories live. Discover now