CAPÍTULO 16

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BRUNO REZENDE

- o terno ficou perfeito.
Falei me olhando no espelho.

- o cara abriu a carteira pra um terno novo... para o baile com a Luísa.
Nimir falou, encarando o Swan

- e é só amizade.
Swan respondeu, com cara de deboche.

- vocês são muito besta!
Falei, revirando os olhos.

- e você muito burro!
Falaram juntos.

- notei que a Luísa se incomodou, de tocar na mãe dela.
Falei, e eles engoliram a seco se entre olhando

- ela não tem contato com a mãe.
Nimir falou.

- brigaram?
Perguntei

- não, ela abandonou a Luísa com o irmão mais velho, e o pai deles criou ambos sozinhos.
Swan respondeu, e fitei eles um pouco chocada com a situação.

- isso é triste demais... não imaginava que ela carregava isso com ela.
Falei, e sorriram fraco.

- Luísa desde novinha, aprendeu ser forte. Talvez seja um desses motivos, que ela é fechada. Ela sempre se cobrou muito e nunca permitiu errar, só pra dar orgulho pro pai.
Nimir falou.

- tenho certeza que ela deu. Ela é incrível.
Falei, e eles assentiram.

- deu sim. O pai dela é louco por ela e pelo irmão mais velho.
Swan falou

- e esse irmão que nunca vi... na verdade achava que era filha única.
Falei pensativo.

- ele tem um escritório de advocacia no Rio. Ah e ele luta box igual a irma.
Nimir falou, segurando o riso

- leva um soco é certo.
Swan falou rindo.

- sem graça.
Respondi.

(...)

- oi Bruno. Tá fazendo o que aqui?
Letícia perguntou sem entender

- ué, ver a Luísa.
Falei, e ela me olhou mais confusa.

- ela tá trabalhando, o novo sócio pediu ajuda dela.
Falou, e arquiei a sombracelha.

- novo sócio? E já passa das oito da noite.
Falei, soltando um riso anasalado.

- tá com ciúmes Brunão?
Letícia perguntou.

- jamais, só achei estranho. Tem álcool aí?
Perguntei, adentrando a sala.

- tem, depois não é ciúmes.
Ela falou, me dando uma cerveja.

- ela ta demorando.
Falei, impaciente.

- Ela deve tá mostrando as áreas sensíveis dos projetos.
Falou segurando o riso. E arregalei os olhos.

- O QUE?
Perguntei.

- é modo de falar, tongo.
Ela falou gargalhando.

- não gostei desse modo aí não.
Falei, emburrado.

- diz que ele é gatão. As secretárias tão indo a loucura. Luísa é gata né, duvido que ele não ache.
Ela falou, me olhando debochada. E eu ,não estava gostando do tom dessa conversa.

- fã ou hate ,Letícia? Puta que pariu, hein.
Falei e ela riu mais uma vez.

- não sei porque tá incomodado. Vocês só se pegam mesmo, ela pode pegar esse também.
Falou, e revirei os olhos.

- luisa não é assim.
Falei.

- ela pode mudar.
Falou, segurando o riso.

- quer saber não ligo. É só transa mesmo.
Falei dando de ombros, com uma ponta de ciúmes me corroendo. Quando vi a porta abriu com ela toda risonha.

opostos! - Bruno Rezende!Where stories live. Discover now