CAPÍTULO 49

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BRUNO REZENDE

- a mamãe chegou.
Melinda cochichou pra mim, e assenti.

- percebi amor, obrigado por avisar.
Falei no mesmo tom, e Luísa riu.

- tá tudo bem por aqui?
Ela perguntou,  abraçando a nossa filha.

- tá sim, eu que pergunto tá bem?
Perguntei.

- tô um pouco cansada, a reunião foi estressante.
Ela falou, e assenti.

- papai já deu banho em mim e no meu irmão.
Melinda falou, afobada.

- notei, já tá de pijama. E a recém são 19 horas.
Falou rindo

- melhor  colocar agora, do que não colocar.
Falei coçando a nuca.

- mamãe, podíamos pedir pizza.
Melinda falou, fazendo bico pra ela, que caiu na gargalhada.

- sorte sua que tô de bom humor,  então pode pedir.
Luísa falou, e melinda começou a pular no sofá, e já correu até o escritório como ela sempre fazia pra pegar agenda com os números dos restaurantes.

- de bom humor é?
Perguntei, sorrindo de canto. Ela revirou os olhos, e foi pro quarto. Peguei o Arthur no colo e segui ela.

-ta precisando de alguma coisa?
Ela perguntou.

- você! Senti sua falta de manhã!
Falei, e ela riu.

- tenho meus compromissos sabia.
Falou meio óbvia.

- eu sei disso... precisamos falar sobre a noite passada.
Falei, e suas bochechas ficaram vermelhas.

- eu acho que o Arthur encheu a fralda, vou lá trocar.
Falou, pegando o nosso filho  e indo para o quarto dele, mudando completamente o assunto.

- papai agenda.
Melinda falou eufórica. Liguei para a pizzaria favorita dela,  e pedimos os mesmo sabores... calabresa,  uma portuguesa e quatro queijos. E uma doce pra dona formiguinha, melinda!

Luísa e eu tomávamos um vinho, e ela evitava me olhar,  era nítido que ela estava encabulada pelo o que aconteceu... e eu amava isso nela, não importava quantos anos se passavam,  ela continuava com a sua vergonha.

- comeu demais né.
Falei, observando a melinda.

- muito papai.
Falou.

- vai escovar os dentes e cama. Tem aula amanhã.
Luísa falou, e ela correu para o banheiro. Pegou o nosso filho que dormia no bebê conforto,  e colocou no seu berço. Enquanto ela ficava de olho no Arthur,  coloquei a melinda na cama e li pela milésima vez a história da chapeuzinho vermelho

- não quero madrasta papai.
Ela falou assustada.

- é só uma história, princesa.
Falei, depositando um beijo na sua testinha.

- te amo papai.
Falou bocejando.

- também te amo, meu amor.
Falei, apagando as luzes. E dei de cara com a Luísa assim que sai do quarto da melinda. Ela me olhou sem jeito! Coloquei uma mecha de cabelo atras da sua orelha,  e depositei um beijo na sua bochecha e depois no canto da sua boca, enquanto ela mantinha seus olhos fechados.

- já vai?
Perguntou baixinho

- vou, amanhã o dia vai ser longo.
Falei no mesmo tom

- bom descanso.
Falou, me fitando.

- você também.
Respondi.

LUISA BRODT

Deitei na cama após um bom banho, repassando mentalmente, cada detalhe do corpo do Bruno, cada lugarzinho que toquei, o seu calor , seu cheiro... e ele falando que me amava depois de tanto tempo... sentir ele sendo meu, e de mais quantas será?!

opostos! - Bruno Rezende!Onde histórias criam vida. Descubra agora