Hardin não é mais um garoto e esta longe de ser o novo príncipe da Alemanha. Acordos foram feitos para alianças serem formadas, mas essa aqui está longe de ser a melhor delas. Raízes do passado retornam testando os limites do novo herdeiro da cadeir...
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Desculpem a demora, eu achei que tinha postado o capítulo de manhã e só vim notar agora que eu acabei não postando.
HARDIN MARSHALL
— Use estas senhor. — sugere uma das garotas que me ajudam com coisas inúteis.
A garota morena diante de mim segura uma caixa de veludo onde dois pares de abotoaduras estão brilhando. Termino de abotoar meu smoking me xingando internamente por ter que ir a essa festa acompanhado por Carina.
A mesma não se deu o trabalho de olhar na minha direção o resto do dia inteiro, não trocamos mais do que duas frases curtas. Com certeza as pessoas ao nosso redor notaram a tensão entre nós dois, foi a tarde mais exaustiva e constrangedora que passei desde muito tempo.
— Não. Quero as de prata com o brasão da família. — digo a ela que apenas assente fechando a caixinha e saindo da minha frente em busca das abotoaduras que pedi. — Como acha que ela vai estar?
— Ela? — a garota retorna andando rápido como se eu fosse descontar minha frustração na mesma apenas por andar devagar. — As abotoaduras?
Ergo o pulso esquerdo na sua direção, olho para meu reflexo no espelho, a cor dos meus olhos parecem estar mais escura. Olho para a garota enquanto tenta fechar as abotoaduras, ela parece desconfortável, não a culpo por isso.
— Não. Carina. Carina Ribeiro. — seu rosto se ergue, seus olhos esverdeados encontram os meus no reflexo do espelho, fecho mais os olhos e isso é o suficiente para fazer seu rosto se virar e o corpo ficar tenso.
— Com certeza ela deve estar linda senhor. — claro. Troco de pulso e ela faz a mesma coisa só que com mais pressa. — Pronto, precisa de mais alguma coisa senhor?
— Não, obrigado. — ajeito o smoking me analisando no espelho, a moça sai do meu quarto me deixando sozinho com meu reflexo.
— Sei bello... — ou quase sozinho. Viro o rosto na direção da porta do meu quarto, onde minha mãe está parada na porta me olhando, seus olhos verdes brilham de longe, seu sorriso é gentil e doce. Deve está tão assustada quanto eu estou.
— Grazie mamma. — sorrio de volta, deixando que ela adentre meu quarto e venha na minha direção.
Laura usa seus cabelos castanhos escuros em um rabo de cavalo com mechas soltas, um macacão preto longo e justo no seu corpo. Há preocupação nos seus olhos. Ela ajeita minha gravata borboleta devagar.
— Sinto muito que esteja passando por tudo isso por nossa causa. — sussurra ela. Franzi a testa ao abaixar a cabeça para analisar a pequena mulher na minha frente, seus olhos encontram os meus. — Não era assim que eu imaginei que você encontraria seu final feliz.
