• capitulo 51 •

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THOMAS

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THOMAS

Quando a proposta da agência veio, fiquei feliz pela Julie, mas a parte em que ela se muda para outra cidade não me alegrou muito.

Obviamente, a ruiva precisa aceitar, já que é sobre sua carreira; mas a ideia de perder a pessoa que está comigo todo os dias chega a ser aterrorizante.

Já passei por isso uma vez, e não foi uma experiência que eu queira passar de novo, então por um segundo eu pensei que seria mais fácil acabar comigo mesmo.

Essa semana que passou, eu tentei me afastar da ruiva de qualquer jeito.

Na hora que ela vinha falar comigo, a tratava friamente, mas vê-lá todo dia na faculdade não era um bom jeito de me afastar.

Quando ela passou por aquela porta, senti algo dentro de mim doer. Eu sei que eu quem pedi para ela ir.

Mas não foi por eu querer aquilo, e sim por eu precisar. A Julie longe de mim agora, vai me acostumar a ficar longe dela depois.

Eu já estou em casa e simplesmente não ligo para o que me disseram no hospital, apenas pego um baseado pronto na cômoda perto da minha cama, e acendo.

Só isso é capaz de me acalmar.

Vou até minha janela, e fica olhando o movimento da rua, até que lembro de algo.

Levo a mão até meu bolso, e pego colar que ela deixou comigo no hospital, antes de ir embora, e agora quem vai sempre estar com algo que me lembre ela, sou eu.

Esse pingente é minha única boa memória de refúgio no momento.

Esse pingente é minha única boa memória de refúgio no momento

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JULIE

Ontem eu não vi o Thomas o dia todo, eu fui para a faculdade, e talvez ele tenha sido liberado do hospital.

Desde quando passei por aquela porta, eu não liguei para ele, não fui vê- lo nem nada. Se ele quer ficar longe, eu não posso fazer mais nada.

_ Sai da frente! - sinto alguém esbarrar em mim, e logo vejo Michele em minha frente.

_ Aí, hoje estou sem paciência para você, Michele - digo cansada,  e ela apenas me olha debochadamente.

_ Nossa, você está com uma cara péssima! - ela da risada - Voce está bem? - estranho a pergunta dela, mas sei que no fundo ela apenas perguntou para debochar da situação no final.

_ Não, não estou bem, mas isso não é da sua conta - suspiro fundo e logo tento sair da frente dela, andando ao longo corredor.

_ Ei, lindinha - ela me chama, e como não paro de andar, ela puxa meu braço - Eu sabia! - ela da risada.

_ Sabia de que? - reviro os olhos para a loira.

_ Que você e o Thomas não dariam certo! - ela ri nasalado - Faz tempo que não vejo vocês juntos por aqui, ontem ele não veio e hoje você está com essa cara de morta. Não é difícil de juntar os pontos - ela fala como se fosse óbvia.

Eu me seguro para não agredir essa garota.
Já não estou muito bem, e agora ela vem e me irrita com isso.

Decido não falar nada, e apenas saio da sua frente, indo até o carro da Mica, já que está na hora da saída.

_ Voce está bem, Julie? - Mica pergunta pela milésima vez.

_ Mas que saco! - eu bufo - Eu já falei que estou bem! Eu não preciso dele, eu não sinto falta dele! - Mica enruga a testa - Ele vai ficar bem, não é? - pergunto baixinho para Mica enquanto sinto as lágrimas invadirem meu rosto.

_ Do que você está falando, Julie? - Mica para o carro em uma rua qualquer e me pergunta, visivelmente preocupada.

_ O Thomas! - eu soluço - A gente terminou...

_ O Thomas! - eu soluço - A gente terminou

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