• capitulo 62 •

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THOMAS

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THOMAS

_ Você.. não gostou? - Julie pergunta um pouco mais baixo, me aproximo dela, dando um breve selinho em seus lábios.

Ao me afastar de seu rosto, meus olhos focam nos seus, calculando o que dizer enquanto Julie fica cada vez mais impaciente.

_ É que... - eu começo, mas ao ver o início da minha frase, a ruiva logo me interrompe.

_ Não, tudo bem... - ela se afasta de mim, se levantando da cama, deixando a frase morrer no ar.

Rapidamente ela tira minha calça de moletom, que estava vestindo, e coloca sua calça jeans apertada.  Julie pega seu sapato colocando-o, e recolhe seu celular e a jaqueta, guardando dentro de sua mochila.

_ Onde você vai, ruiva? - pergunto dando um pulo da cama, ficando à frente porta, para que ela não saísse, caso tentasse.

_ Eu já vou, Thomas - ela responde de uma forma mais seca.

_ Não.. - digo de forma dengosa, indo até ela e abraçando-a por trás - Fica mais um pouco - beijo seu pescoço e vejo seus pelinhos se arrepiarem, me fazendo dar um leve sorriso.

_ Não - ela sai do meu abraço, ficando de frente para mim - Acho melhor te dar um tempo para pensar - ela dá um sorriso irônico e logo sai pela porta.

Bufo irritado, por ela ter me deixado, e caio de costas na cama. Me viro, olhando a gaveta.

Rapidamente me levanto, vou até a gaveta, a abro e pego a seda. Logo começando bolar um.

Quando já pronto, pego o isqueiro, e me direciono a varanda, pensando se eu deveria ou não aceitar essa proposta.

"Agora não teria mais a distância para nos atrapalharmos..." - lembro de Julie dizendo, o que apenas me faz ficar mais confuso. Suspiro profundamente, olhando a lua no alto do céu estrelado.

 Suspiro profundamente, olhando a lua no alto do céu estrelado

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JULIE

Chego em casa, e logo vou ao banheiro.
Estou cansada, e apenas um banho pra relaxar meus músculos.

Ao me jogar na cama, já de pijama, me deixo sentir chateada com Thomas. Eu não queria me sentir assim, mas eu achei que ele ficaria mais feliz com a proposta do professor.

Eu acho que apenas criei muita expectativa.

Quando eu estou quase, finalmente, caindo no sono, ouço um barulho de notificação do meu celular, e me amaldiçoo no momento, por não ter deixado o aparelho no silencioso.

Eu pego para ver quem me mandou mensagem logo de madrugada.

chat:

Thomas babe:
- Ei
   Ei
   Ruiva, me responde
   Por favor

(o que o Thomas quer? - eu penso)

eu:
O que foi? -

Thomas babe:
- Estou com saudade :)

(Acabo sorrindo com sua mensagem, mas lembro que estou me fazendo de brava, e não respondo-o)

Thomas babe:
- Abre aqui a porta, estou com frio já
  Julie!!
  Abre vai
  Por favorzinho

chat off

Não acredito que ele está aqui na minha porta. Eu coloco, meu celular de lado, ouvindo ele ainda mandar mensagem.

Vou até a porta, suspiro antes de abrir, e logo passo a chave, abrindo-a.

_ Minha ruiva! - Thomas fala meio embolado, e contente demais na minha opinião.

Então o moreno logo vem me abraçar, jogando praticamente todo seu peso em mim, e sentindo o seu cheiro, logo entendo. Ele está chapado.

_ Você vai dormi no sofá, Thomas - jogo ele no estofado e ele faz cara de cachorro abandonado - Nem vem fazer essa carinha, você está fedendo, e na minha cama quentinha e cheirosa você não deita.

Ele choraminga e cruza os braços, mas antes que ele fale algo, saio da sala, me direcionando para meu quarto.

_ Se sentir fome, pode pegar alguma coisa na cozinha - aviso à ele, porque sei que daqui a pouco bate a larica dele. Mas recebo apenas um resmungo como resposta.

Tento manter a calma, porque não estou afim de brigar com ele. Então me deito, puxo o cobertor e logo fecho os olhos.

Um tempo depois sinto o colchão atrás de mim afundar, um braço passar pela minha cintura e me puxar contra um corpo forte.

Sei que é Thomas, então me viro e me aconchego em seu peito, que só percebo agora ele estar sem blusa. Respiro fundo, e tudo que passa pelas minhas narinas, é o odor de sabonete.

Ele deve ter tomado uma ducha, no banheiro de visita. Isso é bom, pelo menos não deitou fedendo do meu lado.

Me aconchego ainda mais ao seu corpo, com um vento gelado que entra pela janela, e me permito entrar em um sono profundo.

Me aconchego ainda mais ao seu corpo, com um vento gelado que entra pela janela, e me permito entrar em um sono profundo

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Os Misteriosos Olhos AzuisWhere stories live. Discover now