• capitulo 53 •

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JULIE

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JULIE

Finalmente meu expediente acaba, então pego minha mochila e saio pelas portas de trás, indo até o ponto

Enquanto eu ando até o ponto, vejo meu ônibus chegando, então logo começo a correr para poder pega-lo.

_ Ufa - sussurro assim que entro.
Só me faltava perder meu ônibus, ai sim meu dia ficaria completo.

Me sento já perto da porta, e pego meu celular, vendo ter duas ligações perdidas e uma mensagem de voz e enviada por um numero desconhecido.

Quando decido apertar para ver a mensagem, de repente meu celular desliga; me deixando irritada e ao mesmo tempo ansiosa, por imaginar ser o Thomas.

Ao olhar pela janela, vejo estar já chegando perto da minha casa, e quando chego, rapidamente saio do ônibus, subindo pra meu apartamento o mais rápido que posso.

Vou direto pra meu quarto, colocar o aparelho para carregar, mas demora muito pra ligar, então decido nesse tempo tomar uma ducha.

Enquanto a água escorria pelo meu corpo, só conseguia pensar: Será que é ele? Será que aconteceu algo?

Julie, para de ser boba! Ele quem me pediu para se afastar, é óbvio que não deve ser ele.

Visto um pijama confortável, e vou direto ao meu celular, suspirando aliviada ao ver que ja ligou.

Digito minha senha, mas nervosamente acabo errando duas vezes. Já na terceira, tento me acalmar, e lentamente digito a senha, fazendo eu finalmente conseguir acertar.

Entro na conversa do número desconhecido, e rapidamente aperto no áudio.

_ Eu não sei - ouço uma voz masculina arrastada, e uma risada muito conhecida - Não sei nem o porque estou te mandando isso. Ou talvez eu saiba! Eu to muito bêbado, ruiva - mais uma vez ouço a risada de Thomas, e sinto uma pontada - Talvez eu tenha feito a maior merda que poderia, aquele dia no hospital. Te afastar de mim, acabar de vez o que a gente tinha - ele suspira enquanto lágrimas escorrem meu rosto.

Eu pauso o áudio, enquanto limpo minhas bochechas, mas acabo chorando ainda mais.

Tentando me acalmar, me levanto da cama, apago as luzes e volto para de baixo dos cobertores. Pego meu celular e volto a ouvir.

_ Ver você indo para longe me machuca. Me dói pensar nessa distância entre nós, e saber que eu sou o culpado disso. Me dói pensar em um futuro onde você mora em outra cidade, e descobrir ser mais feliz com outra pessoa - eu acabo soluçando pelo choro, mas logo me acalmo para poder ouvir o final - Do mesmo jeito que eu não mereço alguém como você, tão doce, gentil e amorosa; você não merece alguém como eu, grosso, ignorante, que sempre arruma briga e é um drogado. Eu não podia deixar você perder seu brilho por minha causa - ele suspira mais uma vez - Eu te amo, ruiva...

A indignação consome meu corpo quando percebo o áudio ter acabado, e ainda mais quando vejo que ele me bloqueou.

Ele não tem o direito de falar o que quer e me deixar sem poder responder. Isso não é justo.

Não é justo ele dizer que me ama, só porque está bêbado.

Eu amo esse idiota, mas não aguento isso.

Eu amo esse idiota, mas não aguento isso

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Os Misteriosos Olhos AzuisWhere stories live. Discover now