• capitulo 55 •

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JULIE

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JULIE

_ Não, Thomas! - tiro sua mão da minha bochecha - Não é melhor você ir, o melhor a se fazer é conversar comigo. Pelo menos uma vez, aja como alguém maduro.

Ao ouvir o que falo, percebo que o moreno ficou um pouco irritado, mas não ligo.

_ Julie... - ele começa, mas eu logo o interrompo.

_ Thomas, eu sei que você não quer aquela distância que me pediu. Se você realmente quisesse, já teria saído desse cômodo a muito tempo - vou falando enquanto dou passos em sua direção - Eu não te entendo, mas ainda assim eu te amo, seu idiota - empurro levemente seu ombro, enquanto sorrio sem mostrar os dentes.

O moreno fica um pouco intacto ao me ouvir, como se não acreditasse no que eu estava dizendo.

_ Ruiva - ele fala em um tom duvidoso, mas logo se cala, me dando brecha para me aproximar.

Chego perto dele, já sentindo o calor de seu corpo. Levanto alguns centímetros, meus pés do chão, seguro seu rosto e deposito um beijo em seus lábios.

Um beijo rápido e cheio de saudade no começo, mas logo nos acalmamos. Quando sinto que o beijo se tornará mais intenso, Thomas rapidamente se afasta, um pouco ofegante.

_ O que foi? - pergunto baixo, enquanto acaricio sua bochecha.

_ Por isso era melhor eu ir. Não era para isso ter acontecido, Julie - ele diz, segurando meu pulso, e abaixando minha mão.

_ Thomas, você não pode sempre que quiser, me afastar. Eu quero você, eu quero dividir minhas coisas com você, não faça assim comigo - percebo ele baixar a guarda, então logo deixo um selinho em seus lábios.

Ao ver que ele não recusa, vou distribuindo mais selinhos enquanto seguro seu rosto entre minhas mãos, até ele finalmente iniciar um beijo, o qual agora ele não interrompe, ficamos nos beijando até perdemos o fôlego.

Matamos a saudade por tempo, e só nos separamos ao ouvir a porta ser aberta. Rapidamente nos afastamos, nos deparando com o zelador de meia idade com cabelos grisalhos, incrédulo, na porta.

_ Eu, eu não vi nada crianças, fiquem tranquilos! - ele ainda espantado sai da sala, deixando eu e Thomas rindo de sua reação.

Pego meu celular no bolso, e vejo já ser tarde para entrar na aula, então suspiro ao ver que perdi mais uma aula.

_ Melhor a gente sair daqui - puxo Thomas para fora da sala do zelador, e vamos para o refeitório, que se encontra apenas as mulheres que cuidam da cantina.

_ Me desculpe - Thomas me pede.

_ Pelo o que? - pergunto genuinamente confusa.

_ Por te machucar pela minha insegurança - ele da de ombros.

_ Está tudo bem, Thomas! - o abraço de lado, e sinto o moreno apertar minha cintura - Senti saudades de você... - digo baixinho.

_ Claro que você sentiu! - ele diz se gabando e ri, me fazendo ficar brava - Ei, só estava brincando - ele diz assim que vê minha expressão - Eu também senti falta de você, senti falta desse cabelo perfeito e seu jeitinho fofo - ele ri no final, me fazendo ficar envergonhada.

_ Já eu, não senti falta alguma do seu jeitinho teimoso de ser - agora eu quem dou risada.

_ Ei, eu não sou teimoso! - ele me repreende como se eu tivesse falado a maior besteira.

_ Com certeza você é! - ele fica emburrado, e continua tentando me convencer de que não é teimoso, enquanto eu apenas dou risada das suas tentativas falhas.

Ficamos ali na mesa no meio do refeitório o resto do dia, conversando, rindo e um implicando com o outro.

Não sabia que sentia tanta saudade disso até, viver isso de volta.

Isso com certeza é muito bom.

Isso com certeza é muito bom

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Os Misteriosos Olhos AzuisOnde histórias criam vida. Descubra agora