• capitulo 39 •

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JULIE

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JULIE

_ O que foi isso, Thomas? - dou uma risada rápida - Você ficou com ciúmes? - falo para provocar o moreno, e entrego um dos sorvetes para ele.

_ Fica quieta, ruiva - ele empurra meu ombro levemente, abre o sorvete com uma mão, enquanto com a outra ele agarra minha mão, então andamos com as mãos dadas fazendo meu sangue borbulhar.

Andamos mais um pouco, até que ouvimos alguém chamar pelo Thomas.

_ Ei, alguém te chamou - digo, mas o moreno apenas agiliza o passo.

_ Você ouviu coisa, ruiva - ele diz tenso. Olho para trás, e vejo um casal muito bonito andando atrás da gente.

A mulher é baixa e tem os cabelo negros e curto no ombro, já o homem é bem alto, assim como Thomas, e seu traço mais chamativo, são seus olhso azuis.

_ Você conhece esses dois que estão nos seguindo? - viro para Thomas, e sussurro para que o casal está logo atrás.

O moreno olha rapidamente pra trás, e logo ouço um "merda", dele.

Thomas anda tão rápido que parece que estamos correndo do casal, mas não adianta muito pois de repente o casal se posiciona em nossa frente.

_ Não vai falar com seus pais, filho? - a mulher diz, com certo sarcasmo na voz. Sinto Thomas intensificar o nosso aperto de mão, então faço carinho com o polegar na sua mão para acalma-lo - Não vai me apresentar a moça ao seu lado? - Ela ergue a sobrancelha.

_ Não tenho o que falar com vocês - Thomas quase cuspe as palavras.

_ Moleque mal educado - o homem à nossa frente encara Thomas cima a baixo.

_ Bom , se você não nos apresenta... - a mulher começa - Eu sou Angela - ela abre um leve sorriso, e estica a mão para comprimentar, então eu aperto nossas mãos.

Angela? Esse é o nome que o Thomas dizia no dia em que ele teve um pesadelo na minha casa.

Eu olho para o moreno ao meu lado, em busca de algum contato visual, mas ele apenas encara o casal com fogo nos olhos. Ele está tão bravo que seus olhos escureceram demais.

_ Sou Julie - dou um sorriso sem mostrar os dentes.

_ E esse ao meu lado é o Mario. Nós somos pais do Thomas - ela diz a última parte com desdém.

Thomas tem raiva dos pais, e está nítido pela sua cara. Pelo o que o moreno já me contou, eles também não gostam muito dele, mas porque tudo isso?

_ Já se apresentaram, então agora podem ir embora - Thomas diz secamente. O clima está tão tenso que chega a ser palpável no ar.

_ A Julie é o que sua, filinho? - Mário pergunta - Conseguiu achar alguém que te tolere, e suporte o merda que é? - Ele dá risada ao terminar de falar.

_ Ei, não fala assim dele! - me ponho à frente do moreno para enfrentar o homem - Eu tenho certeza que ele é melhor que vocês dois juntos - Thomas me puxa para seu lado, e fica agarrado ao meu corpo.

_ Olha, que menina corajosa - Angela diz - Ainda mais do que você já foi um dia, né Thomas?! - ela pergunta olhando diretamente ao moreno.

Olho para Thomas e sua respiração está ofegante de raiva, e seus olhos vidrados nos dois a sua frente enquanto aperta minha cintura.

_ Querida, você é o que desse moleque? - Mário pergunta se aproximando de mim, mas Thomas me puxa, me deixando atrás dele, e encarando seu pai.

_ Seu papo é comigo! - Thomas diz entre dentes - Não se atreva a chegar perto dela.

_ Mesmo depois de tudo, você ainda continua sem aprender nada né! - Mario diz bravo e levanta a mão para seu próprio filho, mas o que me assusta é ver Thomas recuar, com medo, e não peitar como sempre costuma fazer - Cadê o corajoso de um minuto atrás? - Mário diz risonho.

De repente, Thomas esbraveja algo baixo, e sai dali rapidamente e afobado, me deixando para trás.

_ Se eu fosse você, largava Thomas, ele não merece ninguém ao lado dele, querida - Angela diz atenciosamente - Ele matou a própria irmã, se droga e vive bebendo... Ele não é bom - ela caricia meu ombro, e rapidamente eu me afasto.

_ Não, Thomas não matou a própria irmã; aquilo foi um acidente! - exclamo nervosa por eles terem acusado Thomas - Ele é bom sim, e se ele faz o que faz, é apenas para se esquecer o passado que tanto machucou ele.

_ Não acredite nele, garota - Mário diz nervoso - Aquele peste sofreu o que tinha que sofrer. Por mim, nem aqui ele estaria mais, foi ele quem tirou minha Bea de mim, de nós.

Não aguentando mais ouvir aquelas baboseiras, apenas saio da frente deles, e vou até o estacionamento, procurando o carro do Thomas, mas não acho.

Aí meu Deus, onde ele está?

Aí meu Deus, onde ele está?

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Os Misteriosos Olhos AzuisWhere stories live. Discover now