• capitulo 18 •

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THOMAS

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THOMAS

Paro o carro na porta da minha casa.

Eu divido a casa com mais algumas pessoas, a maioria homem, o que explica a casa estar totalmente bagunçada.

Quando completei a maioridade, logo me apressei para sair de casa; não aguentaria ficar ali naquele hospício por mais tempo, não sem fazer mais merda do que já de costume.

Procurei casas e apartamentos para alugar, mas tudo muito caro. Até que achei essa casa onde moram várias pessoas. Você pode alugar um quarto mas usufruir todos cômodos.

O único problema é a privacidade, que muitas vezes falta, e a organização que aqui é uma bosta. Mas que se foda, pelo menos não divido o mesmo teto com aqueles que dizem ser meus pais.

Olho para a ruiva ao meu lado, e ela está toda encolhida no banco, com a respiração suave e dormindo calmamente.

Suspiro enquanto a encaro, essa garota não sei o porque mas mexeu comigo desde que a vi. Sinto vontade de protegê-la de qualquer um, sinto vontade de mantê-la somente para mim.

Eu sei que não sou nenhum pouco de ter empatia, mas essa garota me faz querer ser assim com ela, as vezes em que sou seco com ela, não é algo que eu programe fazer, é apenas o automático.

Saio do carro, abro a porta do passageiro e a pego no colo, Julie se aconchega nos meus braços enquanto eu vou subindo as escadas da casa.

Abro a porta do meu quarto, coloco a minha ruiva lentamente na cama e volto para a porta, trancando-a.

Troco a minha calça jeans por uma mais confortável, tiro minha blusa, ligo o ar-condicionado, e me deito calmamente ao lado de Julie, para não acordá-la.

A ruiva ainda está com vestido e minha jaqueta, mas decido nem tentar acordar ela para poder trocar de roupa, o sono dela parece estar tão tranquilo, apenas tiro seus sapatos, coloco seu celular na cômoda e puxo um lençol para nos cobrir.

Ao seu lado, de barriga pra cima, observando o teto, eu penso o quão do nada conheci essa garota.

Ela já me ajudou algumas vezes, em todas eu estava bêbado ou drogado, algo que não é difícil de se acontecer.

Bem provável dela pensar que eu sou um merda por conta dessas coisas, mas ela não estaria errada também, eu sou mesmo um idiota.

Um idiota que não consegue se livrar do passado e se perdoar nunca pelo o que aconteceu. Pressiono meus olhos com força, quando as lembranças daquele dia me atingem.

Se a ruiva soubesse do meu passado, tenho certeza que ela se afastaria o mais rápido possível quando percebesse o filho da puta que eu...

Meus pensamentos  são interrompidos quando sinto uma mãozinha pousar em meu peitoral e cheiro de morango entrar em minhas narinas.

Olho para baixo e vejo que a ruiva se aconchegou em cima de mim, aproveito e passo meu braço pela sua cintura, fungo seus cabelos para sentir seu perfume e logo adormeço, sem nem precisar usar alguns dos meus "remédios" diários.


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Os Misteriosos Olhos AzuisWhere stories live. Discover now