-Hey, garoto, garoto, garoto! Eu não tenho filho, onde estão seus pais?

-Há 10 anos, você deu um bebê para adoção? - Fiquei em silêncio. - Era eu.

-Me dá um minuto. - Me tranquei no banheiro tentando acalmar minha respiração, não era possível, como ele me achou? Será que é verdade? A idade bate, mas foi tudo tão sigiloso.

Eu não podia ficar trancada no banheiro para sempre, então respirei fundo e sai:

-Sabe é melhor irmos embora.

-Ir aonde?

-Quero que você venha para casa comigo.

-Tudo bem, garoto. Vou chamar a polícia. - Andei até o telefone.

-E direi a eles que você me sequestrou.

-E eles acreditarão em você porque sou sua Mãe biológica.

-É.

-Você não vai fazer isso.

-Experimenta.

-Você é bom, mas tem uma coisa. Não sou boa em muitas coisas, mas tenho uma habilidade, vamos chamar de "superpoder". Posso saber quando alguém está mentindo e você está garoto. - Começei a discar o número.

-Espere, por favor, não chame a polícia, por favor, venha para casa comigo.

-Onde é?

-Storybrooke, Maine.

-Storybrooke? Sério? - Ele murmurou que sim. - Então, tudo bem, vamos te levar de volta para Storybrooke.

Fui rapidamente ao meu quarto, tirei o vestido rosa que vestia e coloquei calça jeans, camiseta e a minha habitual jaqueta vermelha, nunca saia sem ela. Logo caímos na estrada com o meu velho fusca amarelo, estávamos em silêncio até ele reclamar:

-Estou com fome, podemos parar?

-Não é uma viagem, não vamos parar para comer.

-Por que não?

-Pare de reclamar, garoto, ainda posso te colocar num ônibus.

-Eu tenho um nome e é Henry.

-O que é isso? - Notei que ele carregava um livro.

-Não sei se está preparada.

-Gosta de contos de fadas?

-Não são contos de fadas, são de verdade. Todas as histórias desse livro, na verdade aconteceram.

-Claro que sim.

-Use seu superpoder, veja se estou mentindo. - Ele me pegou.

-Só porque você acredita em algo, não faz disso verdade.

-É exatamente assim que se torna verdade, você deveria saber melhor do que ninguém.

-Por que isso?

-Porque você está nesse livro.

-Ah garoto, você tem problemas.

-Sim, e você vai concertá-los.

Eu não ia ficar discutindo com uma criança, então deixei as coisas como estavam e ele voltou a ler, ficamos em silêncio o resto da viagem.

Riders On The Storm - Meg Washington

Quando chegamos à cidade o garoto não queria me dizer onde morava. Ao invés disso, ele me contava uma história maluca sobre aquela cidade estava amaldiçoada pela Rainha Má. Que estava congelada, o tempo não passava e os personagens de contos de fadas ficavam presos sem as suas memórias. Ninguém envelhecia e ninguém chegava ou saía da cidade, além de mim é claro, que ele acreditava ser algum tipo de Salvadora Foi quando um homem passou na rua cumprimentou o Henry:

E Se SwanQueen Tivesse Acontecido?Onde histórias criam vida. Descubra agora