Impossível

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Lauren POV

Hoje Camila conseguiu se livrar do castigo, não sei como, mas pelo que parece, Sinu voltou a confiar na mesma, e acredita que ela não vai mais me encontrar, por mim eu já teria resolvido essa situação em uma conversa, mas Camila não deixa, e eu não posso passar por cima das suas vontades; Resolvemos ir a praia, porque ela disse que está com saudades de mim e da praia, então quer me encontrar lá, obviamente fiquei sorrindo igual uma idiota. Minha relação com o Charlie está cada dia mais insuportável, ele fica o tempo todo no meu pé, e pra fugir disso preciso ficar trancada no quarto, fora as satisfações que sempre preciso dar.

— Oi, baby. - Camila falou entrando no meu carro, ela acabou de sair da aula. — Senti sua falta. - Selou nossos lábios. — Muito e muito.

Sorri.

— Tem horas pra ir pra casa? - Levei a mão até seu rosto.

— Não, estou liberada, Sinu largou do meu pé.

— Ótimo, mas não acha perigoso irmos à praia? E se ela nos ver lá novamente?

— Acho melhor irmos pra praia que tem minha cabana, meus amigos estão por lá, e como é longe acho difícil minha mãe me encontrar.

— Combinado então. - Me ajeitei no banco. — Você tá bem? Anda dormindo tão cedo... - Liguei o carro.

Por volta das 19h Camila para de me responder e some, ela diz que está dormindo, mas não sei, ela sempre foi noturna e agora passa horas dormindo? Não quero parecer surtada, mas não sei se acredito muito nisso.

— Era o castigo. - Justificou colocando a mão na minha perna. — Eu estava ficando deprimida com ele. - Brincou.

— Entendi. - Olhei para o seu rosto por alguns segundos. — E o check-up que você só me enrola e não vai no Baxter fazer? - Estreitei os olhos.

— Eu tô bem, doutora, fica tranquila. - Sorriu com a boca e com os olhos, fazendo meu peito palpitar.

— Posso me preocupar com minha namorada? - Ergui a sobrancelha e ela deu risada. — Você tá perdendo muito peso.

— Culpa da Sue que não para de me mandar emagrecer, mas vamos mudar de assunto, como seu pai está?

Quando ela faz essa pergunta, não é bem sobre meu pai, é algo do tipo: "tá perto de se separar?"

— Ele vai fazer alguns exames essa semana, pra ver como anda o coração, essas coisas.

— Entendi. - Respirou fundo. — Eu odeio quando você precisa ir pra casa, e eu sei que seu marido está lá, eu fico... imaginando coisas.

— Camz, para. - Segurei sua mão. — Você sabe que não temos mais nada, Charlie está apenas perdendo tempo.

Ela se encolheu mais no banco e olhou pela janela, mas sem soltar nossas mãos, foi difícil dirigir só com uma mão, mas não quis soltar a dela, em alguns minutos chegamos ao local, descemos juntas, mas antes de se aproximar do pessoal, eu puxei Camila pra um beijo.

— Desmancha essa carinha. - Passei a ponta do dedo em sua bochecha. — Eu sou só sua. - Sorri, ela demorou um pouco, mas acabou sorrindo também.

— Você me acalma como ninguém. - Ela disse antes de pular no meu colo, me fazendo rir. — Com você não sinto necessidade de nada, sabia?

— Sabia. - Falei convencida, o que fez ela gargalhar jogando a cabeça pra trás.

Encostei seu corpo contra o carro, aproveitando o lugar quase deserto.

— Eu te contei que minha mãe vai viajar? - Neguei com a cabeça, ela apoiou os braços em meus ombros, e com a ponta dos dedos iniciou um carinho em meu pescoço. — Vai passar uma semana fora a trabalho, o que acha de passarmos esses dias juntas?

Desculpa o ExageroWhere stories live. Discover now