Ligação

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Lauren POV

Acordei por volta das 11h, e com uma dor de cabeça insuportável, saí da cama por pura obrigação, porque às 15h vou iniciar um plantão, e preciso não estar de ressaca. Antes que eu entrasse no banheiro a porta do meu quarto foi aberta, e tomei um susto, por estar sem roupas, mas ao ver que era o Charlie, relaxei e continuei meu percurso.

— Que horas você chegou? - Ele perguntou desabotoando a camisa. — Eu pedi para me avisar via mensagem e você não avisou.

Bati a porta do banheiro sem ao menos responder, ele está com as roupas que estava ontem, então está chegando agora, às 11h, e quer cobrar algo de mim? Encarei meu reflexo em frente ao espelho, e quase tive uma síncope ao ver uma marca de chupão em meu pescoço. PUTA.QUE.PARIU. Como diabos isso veio parar aqui? Liguei a torneira, e molhei as mãos, levando ao meu pescoço, em uma tola tentativa de sumir com aquilo daquela forma.

— Eu vou matar, Camila! - Praguejei.

Como ela fez isso e eu não senti? Que droga, que droga, que droga!

— Falou comigo, Lauren?

— Hã... não, não falei.

Puxei o ar para os pulmões, tentando pensar de uma forma lógica para justificar aquilo.

Alergia?

Nem um idiota acrecitaria nisso.

Minha vontade era só uma, ligar pra Camila e xingá-la, mas duas coisas me impediram, primeiro: não vai resolver meu problema, segundo: eu não tenho o numero dela. Ainda pensando em uma solução, eu entrei no box. Tomei um banho gelado, pra tentar acordar minha ideias, mas aparentemente elas continuaram dormindo. Me sequei lentamente, rezando para quando eu abrir a porta, Charlie não está mais no quarto, e eu conseguir passar uma maquiagem nisso, terminei de me secar e abri a porta.

Rezei a toa.

Charlie está mexendo no celular, vestido com apenas uma cueca box, ao ouvir o barulho da porta, ele me olhou. Vendo ele ali tive uma ideia, vou fazer ele acreditar que ele causou esse chupão, a marca em meu pescoço está coberta com o meu cabelo, sorri e caminhei lentamente até ele, que está com o olhar voltado para o meu corpo. Puxei o celular da sua mão e joguei sobre a cama, ele sorriu e me puxou pela cintura, sem delongas eu o beijei, mas apenas pelo tempo suficiente até ele descer a boca para o meu pescoço, ele beijou com suavidade, e eu praguejei aquilo.

— Mais força, amor. - Pedi forçando sua cabeça contra o meu pescoço.

Ele riu um pouco, mas acatou meu pedido, mas tão forte que causou dor, tive o impulso de reclamar, mas eu quem pedi. Quando eu ver Camila eu vou xingá-la tanto, onde já se viu, me marcar? E agora ela deve estar em alto mar, com a megera da minha irmã. Céus, Megan não merece tanto, Camila é muita areia para o caminhãozinho dela, na verdade eu não sei o que veem na Megan, ela é insuportável!

— Abre mais as pernas, Lauren.

Ao ouvir a voz do Charlie, eu voltei pra realidade. Porra, já estou deitada na cama e ele em cima de mim. Olhei pra baixo apenas para confirmar o que ele queria.

— Hã... camisinha. - Me mexi na cama, até alcançar o criado mudo.

— Que?

— Estou sem tomar anticoncepcional, estava tendo muitos efeitos, estou em processo de troca. - Abri a pequena embalagem e entreguei pra ele, que riu um pouco.

— Deixa eu ir sem, quem sabe assim finalmente teremos nosso filho.

Me segurei para não rolar os olhos, ele sabe que não quero ter filhos porque já conversamos sobre isso.

Desculpa o ExageroWhere stories live. Discover now