Sua Fonte Secou

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Camila POV

Entrei em casa com raiva, frustrada, desapontada, estressada, e muito mais, minha mãe ir me buscar na rua já é uma merda, imagine sendo empata foda, além de contragedor é frustrante.

— Eu não vou me afastar dela, não adianta. - Falei desafiadora, parando no meio da sala.

— Ah você vai sim, Camila, você vai.

— Eu.não.vou. - Falei pausadamente. — Não sem um bom motivo. 

— Cadê seu celular?

— Pra que a senhora quer el…

  Ela abriu minha mochila e pegou o aparelho, no exato momento que Rogers passou pela porta, ela foi até ele e pegou a chave da minha moto.

— Sem celular, sem moto e não pode sair, não sem antes desistir dessa ideia louca de encontrar com aquela médica!

— Mãe, não é melhor conversar? - Rogers interveio. — Porque tipo… a Mila precisa ao menos saber o motivo. 

— O motivo é que eu não quero! - Saiu da sala pisando fundo. — A próxima medida é comprar as passagens pra ir embora daqui, então pense bem antes de tentar passar por cima da minha decisão, Camila! - Falou do corredor, e depois pude ouvir o barulho de sua porta se fechando.

 Olhei para o Rogers, sentindo meus olhos pesarem em lágrimas, ele abriu os braços, então fui até ele, enterrando o rosto em seu peito e me permitindo chorar, confusa com tudo que vem acontecendo. 

— Eu deixo você usar meu celular. - Falou baixo, acariciando meu cabelo. — Não chora, nós vamos resolver isso.

 Apenas assenti, incapaz de falar.

Lauren POV

Hoje tenho plantão mais uma vez, e minha noite foi péssima, primeiro porque tive que dormir no quarto de hóspedes, pois Charlie se recusou dormir lá devido ao maldito ar condicionado quebrado, e segundo porque não tenho notícias de Camila desde ontem, quando sua mãe a levou pra casa, eu tento pensar, achar uma lógica pra Sinu implicar justamente comigo, mas não consigo entender, pensei em ir até a casa dela, atrás de uma explicação, mas não posso fazer isso sem antes falar com a Camila, sem antes saber se ela me permite fazer isso.

— Bom dia, Lila. - Entrei na área de serviço, a fim de pegar meu jaleco. — Preciso que ligue pra um técnico, o ar do quarto de hóspedes parou, pode fazer isso pra mim?

— Posso sim senhora. - Me entregou o jaleco. — Mas… - Fez uma pausa. — Eu ia fazer isso ontem e seu Charlie não permitiu. 

 Bufei irritada.

— Chame, e se ele falar algo, me ligue, não posso falar com ele agora porque estou atrasada. 

— Tudo bem, bom trabalho. 

 Agradeci e fui praticamente correndo para o meu carro, o que não adiantou de nada, porque o trânsito fez eu me atrasar ainda mais, passei pelas portas do hospital colocando meu jaleco, parei no dispositivo eletrônico e bati meu ponto. 

— Passa na minha sala pra assinar a advertência. - Ouvi a voz de Megan, e quando virei ela estava passando no outro corredor. — Bom dia. - Sorriu, seu costumeiro sorriso de cobra e saiu.

— Filha de uma puta. - Praguejei.

— Se tua mãe te ouve falando uma coisa dessas… - Normani disse parando na minha frente. — Acordou com o pé esquerdo?

— Aparentemente ao invés de puxar minha cabeça na hora do parto, o médico puxou meu pé esquerdo pra fora, sendo assim, desde então sou essa pessoa que o universo ama pisar.

Desculpa o ExageroWhere stories live. Discover now