Um menino

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POV. Meredith
As minhas contrações estavam próximas. Muito próximas para o meu gosto.
Derek e eu seguimos logo para o hospital, enquanto Nathan esperava pela ama para cuidar de Zola.
-Eu ainda não consigo perceber porque não me contaste...
-Queres mesmo continuar a discussão comigo em trabalho de parto?- chegámos ao hospital e ele ajudou-me a sair do carro.- Desculpa por não te ter contado, eu só não sabia como devia contar... Não queria voltar para Seattle, mas sei que agi mal.- agarrei a mão de Derek quando senti uma contração forte.
-Estás bem?- respirei fundo algumas vezes e continuámos para dentro do hospital.
-Bom dia, como está Sra. Shepherd?- ele olhou para mim confuso.
-Com as contrações bastante chegadas...- deitei-me na cama para que a médica me pudesse examinar.
-Parece-me bem... Está a dilatar bastante bem. Não vai tardar até ter o seu filho nos braços.- a enfermeira entrou na sala.
-Olá, sou a enfermeira Stefany, vai querer alguém na sala de partos consigo?- olhei para Derek que estava quieto ao meu lado.
-Sim... O pai vai estar presente.- olhei para Derek que ganhou um brilho no olhar. Ela fez mais algumas perguntas e voltámos a ficar sozinhos.
-Estou aqui! Como estão as coisas?- Nathan entrou na sala.
-Bem...- senti outra contração chegar. Derek começou a massajar as minhas costas e devo dizer que isso ajudou muito.
-Como ficou a Zozo?- Nathan explicou que ficou tudo bem, ela estava um pouco apreensiva por minha causa, mas depois ficou a brincar.
-O pai é o único que pode ficar na sala...- Nathan saiu e depois fiquei sozinha com Derek. A enfermeira aconselhou exercícios na bola de pilates então, Derek ajudou-me com isso.
-Então... Tu e o Riggs.
-Derek...
-Só fiz uma pergunta. Não precisas de responder...- eu sabia que ele estava a morrer de ciúmes e curiosidade.

POV. Derek
-Não, eu e ele não tivemos nada. Ele foi um ótimo amigo por me ter ajudado com tudo. Ajudou-me com a casa, com Zola, com o trabalho.
-Trabalho? Ainda trabalhas em medicina?- vi um sorriso crescer nos seus lábios quando falei sobre isso.
-Sim... Eu passei nos exames e sou formada em cirurgia geral.- geral?
-Cirurgia geral? Mas tu adoravas Neuro...- ajudei-a com mais uma contração.
-Sim, adorava, mas isso mudou. Eu estou feliz na geral.- conversámos como antigamente e era tão bom. Era como voltar para casa... e eu tinha saudades disso. Da sensação de conforto.
Dali para a frente as contrações pioraram sempre, até que ela já não conseguia estar mais de pé.
-Dra, por favor... Eu preciso de fazer força, posso?- a médica tinha acabado de entrar na sala.- Você disse que seria rápido e eu já estou aqui quase à 5 horas...- ela examinou Mer.
-Sra. Shepherd, está na hora. 10 centímetros de dilatação, vamos lá ter um bebé...- ela olhou para mim um pouco em pânico, mas estava feliz por ter chegado o momento. Levaram Mer para a sala de partos e eu nunca larguei a sua mão.
Devo dizer que os seus gritos de dor faziam a minha alma sangrar. Odiava ter de vê-la sofrer.
-Não consigo mais Dra... Eu preciso de parar...- ela estava completamente suada e vermelha. Com a mão livre fazia carinho no seu cabelo, na tentativa de a relaxar.
-Meredith tem 20 segundos até à próxima contração...- ela olhou para mim e eu tentei reconforta-la com um sorriso. Não durou muito, porque ela fez uma cara de dor, acompanhada com um grito.
-20 segundos uma ovaaaa...- ela apertou ainda mais a minha mão.
-Eu preciso que faças mais força Meredith, empurra mais... Mais 3 segundos. 1,2,3.- ela deixou o corpo cair para trás, na cama.- Meredith não está a ser suficiente, preciso que faças mais força.
-Não consigo Dra, não tenho mais força...- a médica continuava a pedir para que ela empurrar, mas ela estava exausta.
-Mer... Mer olha para mim. São só mais 5 minutos de dor, para uma vida inteira de alegria. Eu estou aqui contigo, vamos... Vamos fazer isto pelo nosso bebé.- ela olhou bem nos meus olhos e eu puxei a sua mão até aos meus lábios e depositei um beijo suave na região. Ela respirou fundo quando sentiu a contração chegar, e gritou, fazendo força.
Ela caiu para trás mais uma vez, e respirou de alívio. A sala foi preenchida com um choro estridente.
-Aqui está o vosso bebé...- a médica colocou nos braços de Mer um pequeno embrulho.- Um menino forte.- um menino... E ele era lindo. Ela pegou nele para acabarem de o examinar, e eu certifiquei-me de que Meredith estava bem.
-Como estás? Estás bem...- ela sorriu, um sorriso cansado, mas com um brilho no olhar.
-Estou ótima...- entregaram novamente o nosso filho e eu baixei-me para ficar na mesma altura que eles.- Ele é tão perfeito...
-Já temos nome?- eu ia responder que não, mas Meredith adiantou-se.
-Sim... Derek Bailey Shepherd.- a médica sorriu e desejou-nos felicidades mais uma vez. Eu estava perplexo. Ele iria ter l meu nome... Assim como eu tinha o do meu pai.
-Ele é realmente perfeito...- Meredith baixou a cabeça para beijar a cabecinha de Bailey. Eu beijei a sua testa, ou pelo menos tentei, porque assim que me aproximei, ela levanta a cabeça e os nossos lábios acabam por se tocar levemente. Ela sorriu, mas eu precisava de mais confirmação que um sorriso, então quando ela se aproximou mais do meu rosto, eu segui em frente e beijei-a.
Um beijo puro e sem qualquer maldade ou segundas intenções. Apenas amor.
Amor um pelo outro, amor pela nossa família e pelo nosso filho que vinha completar o que já estava perfeito.

Olá olá!Um capítulo fofinho para vocês não dizerem que eu só escrevo desgraças

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Olá olá!
Um capítulo fofinho para vocês não dizerem que eu só escrevo desgraças.
Um beijo,
Bru

O meu Sugar DaddyWhere stories live. Discover now