Hora da morte

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POV. Derek
À duas eu e Meredith entrámos numa discussão feia. Ela diz que eu estou muito próximo de Renee, mas eu trabalho com ela, só falo o que preciso pelo trabalho. Eu acho que ela está está demasiado apegada à paciente com o tumor.
-Meredith não vamos começar com isto outra vez...- tínhamos acabado de deitar Zola e ela voltou a tocar no assunto.
-Só estou a pedir-te uma consulta Derek... Só quero saber quais as chances dela viver...- eu entrei na cama enquanto ela acabava de colocar os seus cremes.
-Para que Mer? Para saberes quando ela pode morrer? Eu avisei-te que estavas demasiado apegada.- ela abriu o seu lado da cama.
-Então agora o facto de eu me preocupar com os pacientes é algo mau?- eu odiava discutir com ela, era algo que me deixava mal.
-Amor, eu não quero discutir... Vem para a cama.- ela deitou-se e eu abracei-a. Apesar de chateados, não consigo dormir sem ser agarrado a ela.
..........................
Já no hospital, não vi Meredith até à hora de almoço. Eu já tinha percebido que Renee tentava aproximar-se, mas não queria causar um mau ambiente, mas se ela se excede-se, eu iria falar sim.
Depois do almoço, onde voltei a discutir com Meredith, voltei para o laboratório e fiquei sozinho durante algum tempo.
-Derek, sabes onde está a tua esposa?- já eram quase 7, o horário de ir buscar Zola. Mas hoje Amy ia ficar com ela, para termos algum tempo a sós, era o nosso encontro semanal.
-Não, o que se passa?- Renee tinha um sorriso no rosto.
-A paciente dela desapareceu e ninguém sabe das duas.- ela não era louca o suficiente para fazer o que eu estava a pensar.- Tens alguma ideia onde ela possa estar?- com certeza Renee sabia de algo...
Sai do laboratório a correr e fui para a zona cirúrgica. Percorri bloco a bloco, até que a encontrei.
-Meredith, o que raio fizeste?- ela assustou-se quando ouviu a minha voz da galeria.

POV. Meredith
Depois do almoço, onde discuti com Derek novamente, eu estava possessa. Eu só pedia uma chance, só pedia para tentarem fazer algo. Eu não podia cruzar os braços e vê-la morrer.
Passei pela creche para ver Zola e depois fui ter com Frankie.
Assim que cheguei, percebi que ela estava muito quieta, por norma ela consegue ouvir-me.
-Frankie estás a dormir?- assim que a virei percebi que ela não estava a dormir. Tinha acontecido algo. Ela tinha o pulso fraco, mal respirava. Assim que abri os seus olhos vi as pupilas dilatadas, ela precisava de cirurgia já.
-Dra. o que quer fazer?- a enfermeira que estava comigo também não sabia o que fazer.
-Preciso de um bloco, já.- eu não podia operar sozinha.
-Quer que chame alguém da Neuro?- pensei em Amy.
-Bipe a Dra. Shepherd.- levei Frankie pelos corredores e rezava para ninguém me ver.
-Está ocupada numa cirurgia... Quer que tente o Dr. Shepherd?- ele era a última pessoa a quem eu ia pedir ajuda.
-Não... Eu vou bipar a Dra. Collier.- não o ia fazer, me precisava que ela acreditasse em mim para me deixar no bloco. Eu sabia o que estava a fazer, aprendi com o melhor. Derek era o melhor neurocirurgião de todos os tempos e eu sou sua aluna, eu conseguia fazer isto.- Bisturi.- e todos os pensamentos que tinha sobre isto ser errado passaram quando eu senti a lâmina cortar a pele de Frankie.
Já tinham passado algumas horas, e estava a ter alguns problemas a estancar a hemorragia.
-Dra., tem a certeza que bipou a Dra. Collier? Podemos tentar novamente o Dr. Shepherd.- eu estava demasiado concentrada para lhes reponder.
Eu não podia desistir. Não podia errar, era a vida de uma pessoa que estava nas minhas mãos. A vida de uma menor que não tem a autorização da mãe para esta cirurgia.
-Meredith, o que raio fizeste?- conhecia aquela voz nas profundezas do inferno. Olhei para cima, em pânico, por ter sido descoberta.
Derek estava na galeria a olhar para mim. Da mesma forma que entrou, saiu. Percebi depois para onde, ele apareceu ao meu lado.- O que aconteceu?
-Teve uma hemorragia cerebral, estou a tentar encantar, mas é muito sangue.- afasto-me para lhe dar espaço para trabalhar.
-Merda... Meredith preciso de mais sucção...- fui para o seu lado.- O que raio tinhas na cabeça para a trazeres pra aqui? Porque não me chamaste?
-Porque sabia que não ias ajudar-me... Sempre foste contra mim neste argumento.
-Porque não cabe a nós decidir! Foste extremamente irresponsável, mas ainda assim, devias ter-me chamado. Eu sou o teu marido, e independentemente eu vou estar aqui, ao teu lado.
-Drs. a pressão caiu...- os monitores dispararam. Ela não tinha pulso.
-A começar compressões!- corri para começar a reanimação. Eu não podia deixá-la morrer...
-Sem pulso.- tinha de pensar rápido.
-Preciso do carrinho de reanimação!- coloquei os discos no seu peito e peguei nas pás.- Carrega 200. Afasta!- todos se afastaram e eu levei as pás em direção a Frankie, fazendo o seu corpo levantar com o choque.
-Continua sem pulso.
-Carrega para 250!- ouvi a máquina pronta.- Afasta!- voltei a dar o choque, mas ela não reagia.- Carrega para 300! Afasta!- fiz aquilo mais 3 vezes.
-Mer...- Derek tinha a lanterna a passar pelos olhos de Frankie.- Pupilas sem reação.- senti uma pontada no meu peito...- Hora da morte, 19h20.- senti a minha respiração ficar mais pesada. Tudo na sala ficou em câmera lenta.
Ela morreu...

Olá olá!
Acho que podemos dizer que agora deu bosta. 😬
Um beijo,
Bru

O meu Sugar DaddyWhere stories live. Discover now