Lance criminoso

81

Gaspar 🕊

Eu sabia que não ia ter essa coragem, carregar peso de morte nas costas não era um bagulho comigo, se pá eu nem andava armado pra tá tirando uma dessas.

Mas tava foda, tava com ódio, tava com nojo. Parecia que todos os bagulhos tinham sido mentira, tá ligado? Que tudo mermo, tudo era teatro.

Tirei a arma da cabeça dela vendo ela continuar me olhando e fui sair dali, ela segurou meu braço com força e eu me segurei pra caralho pra não bater nela.

Parecia que eu tava preso, papo dez. Que tava travadão ali, não conseguia fazer caralho nenhum com a garota.

Luana: Eu sei o que parece, eu sei como você sente. Mas eu nunca falei tão sério quanto quando eu disse que amava você, eu sei que é difícil agora acreditar, mas é de verdade.- Falou chorando enquanto me segurava e eu nem se quer conseguia olhar pra ela.- Me perdoa, você é tudo o que eu tenho, é a única coisa que mais me importa. Isso foi no começo, depois de você eu nunca escrevi nada, eu nunca faria nada pra prejudicar você.

Puxei meu braço sentindo ela tentar vim atrás de mim e o Coronel puxou ela, sai sem olhar pra trás e bati a porta subindo na moto. Fui pra minha casa e quando cheguei só tive ódio, sai jogando tudo que podia no chão, quebrei altos bagulhos, fiz maior inferno na minha própria casa.

Andressa: O que aconteceu? - Me assustei com ela saindo do quarto e ela me olhou mais assustada ainda.

Gaspar: O que tu tá fazendo aqui, caralho? - Gritei.

Andressa: Você me pediu pra pegar o resto das minhas coisas.- Falou baixo, mostrando a bolsa.

Passei a mão no rosto passando por ela e me joguei na cama, Andressa saiu da minha vista mas voltou uns segundos depois sentando na ponta da cama.

Andressa: O que aconteceu? - Falou me olhando.

Gaspar: Luana é alemã, Luana traiu geral desse morro.- Falei passando a mão no rosto.

Andressa: Impossível a gente estar falando da mesma loira.- Riu sem graça e eu fiquei calado.

Andressa ficou em silêncio por alguns minutos e se aproximou de mim colocando minha cabeça em cima do travesseiro que colocou nas pernas dela.

Andressa: Vocês vão achar uma forma de resolver isso. Acho que tá tudo de cabeça quente agora...- Falou beijando minha cabeça.

Gaspar: Queria tá conseguindo ser filho da puta com ela descontar meu ódio nela, papo reto! - Falei fechando os olhos.- Não consigo nessa porra!

Andressa: Você sabe que vai se arrepender, isso vai se resolver.- Passou a mão pelo meu rosto.

Respirei fundo ficando calado e passei uma cota ali com ela que ficou fazendo carinho no meu cabelo, nunca tinha tido momento assim com essa danada, papo reto!

Me levantei quando o Coronel me chamou pra salinha e eu cheguei lá, ele me encarou e eu olhei pra ele da mesma forma.

Coronel: Luana tá na salinha de tortura junto com a Alice.- Falou frio, me fazendo balançar a cabeça.- Tô marolando ainda o que vou fazer com ela, mas viva ela não vai ficar, nenhuma das duas.

Gaspar: Não é mais problema meu... Papo reto que nunca deveria ter sido! - Falei firmão.

Coronel: Eu sei o quanto ela era importante, não só pra você! - Fiquei calado.- Goiaba chorou irmão, nunca tinha visto aquele filho da puta chorar e ele chorou quando a gente achou aquele bagulho!

Gaspar: É foda.- Murmurei e ele veio pra minha frente.

Coronel: Qualquer bagulho, me procura pra trocar uma ideia, irmão! Esquece que tem a forma não, nós tá junto nesse caralho desde que se trombou pela primeira vez.- Falou me abraçando.

Fiquei calado e só bati nas costas dele me soltando, perguntei a ele se tinha algum corre pra fazer e ele marolou num 157 que os menor tava indo fazer e me colocou dentro, fazia tempo que eu não me aventurava assim!