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Luana 🧚🏼‍♀️

Eu me sentei na mesa comendo meu bolo com a calda de chocolate sozinha, observei as horas passar e já tomei por ideia de onde o Gaspar estava, quem quem ele estava e o que provavelmente ele estaria fazendo.

Se passavam de meia noite eu comia minha calda de chocolate, alguém bateu na porta tentando abrir e eu olhei, me levantei colocando um pedaço de bolo na boca e destranquei a porta, olhando o Gaspar tentando girar a chave.

Gaspar: Quem trocou? - Me encarou e falou curioso.

Luana: O que você quer? - Falei séria.

Gaspar: O que foi, loira?

Luana: Olha a hora, Gaspar! Não vou servir de otaria pra você, sério.- Falei não deixando ele entrar.

Gaspar: Otaria vai ser mermo se ficar nessa! Não começa com esses bagulhos não, papo reto Luana.- Falou alto.

Luana: Fala baixo.- Encarei ele com raiva e ele respirou fundo.- Não tô mais afim dessa brincadeira.

Gaspar: Que brincadeira caralho? - Falou baixo, colocando as mãos na cintura.

Luana: Te esperei pra jantar, Gaspar! - Ele jogou a cabeça pra trás.

Gaspar: Eu tava dormindo Luana, dormido! - Apontou.- Perdi a hora porra!

Luana: Dormindo com a Andressa, a única explicação possível.- Falei brava e ele respirou fundo.

Gaspar: Dormindo com tua mãe.- Falou alto novamente.- Quer cheirar minha piroca pra vê se sente cheiro de alguma nega?

Luana: E nem pra mandar uma mensagem avisando que chegou na sua casa e ia dormir? - Gritei no mesmo tom que ele, Gaspar respirou fundo indo até a cozinha calado e pegou um copo de água.

Gaspar: Caralho eu tô te falando, eu tava dormindo! Se tu não quer acreditar posso fazer nada por tu cara, papo dez! Mas não gosto desses bagulhos não, não vou bater cabeça com isso.

Luana: Com isso o que? Eu não tenho o direito de desconfiar de você?

Gaspar: Não tem, porque se eu comer uma nega eu vou chegar na tua cara e falar.- Apontou.- Eu não tenho problema nenhum em mandar a real não, mas se eu tô falando um bagulho é a verdade.

Luana: Se for pra você tá comigo e comer alguma nega, como você falou, melhor nem ficar comigo.- Falei cansada.- Eu tô tão cansada quando você estava, nem por isso deixei de ficar te esperando pra você jantar comigo.

Gaspar: Eu odeio cobrança, é isso que eu tô te falando. Se eu te dei o papo que eu tô contigo, não quero esses bagulhos de ficar cobrando, de desconfiança.

Luana: Você não me deu papo nenhum que tava comigo.- Falei respirando fundo.

Gaspar: Mas eu tô, é isso que tu tá querendo ouvir? - Me aproximou.- A gente tá fechado no bagulho, mas se for pra tu desconfiar do que eu falar, melhor parar por aqui mermo.

Olhei pra ele que me encarou e amarrei meu cabelo voltando a sentar na mesa, Gaspar passou por mim e quando voltou do quarto, sentou na mesa com algumas coisas em mão colocando em cima da mesa. 

Gaspar: Tu fez o que pra jantar? - Falou.

Luana: Te esperei pra saber o que você ia querer, não fiz nada.- Falei comendo meu bolo.

Gaspar: Foi mal.- Me olhou.- Quer ir jantar fora?

Luana: Não.- Falei mas a mente dizia que sim.

Gaspar; Tem certeza? - Falou me olhando e eu confirmei com a cabeça.- Lua, eu tô tentando manter a paz contigo.

Luana: Eu tô em paz.- Falei comendo meu chocolate e olhei pra ele.

Gaspar: Vamo jantar então.- Soltei uma risada fraca.

Coloquei um vestido bem simples e mais fácil de vestir e sai, ele provavelmente fazia um cigarro de maconha e me olhou lambendo o papel, encarei ele sem entender e ele riu fechando o cigarro.

Esperei ele ajeitar as coisas dele e a gente saiu do quarto, fomos até a moto e saímos do morro, fomos ao meu restaurante preferido vendo que ainda estava aberto e sorri. Entramos pra jantar, sentamos, fizemos os pedidos e esperamos.

A noite estava muito tranquila, mais do que o normal. Gaspar estava me contando algumas aventuras da vida dele e eu achava interessante o seu não-medo da morte, mas só sabia sorrir quando escutava ele me falando que qualquer dia eu iria com ele fazer coisas estranhas e absurdas, que em sã consciência eu nunca faria, mas eu parava pra pensar na possibilidade cada vez que ele falava.

A gente tinha terminado de comer e eu levantei pra ir ao banheiro, quando entrei não tinha ninguém. Usei normalmente e quando sai vi uma mulher dentro do banheiro, ela me encarou e eu fui passar por ela após lavar minhas mãos.

— Você vem comigo, e se tentar qualquer gracinha eu mato o seu namorado ali fora.-Falou me encarando.

Fiquei sem entender e tentei sair do banheiro correndo, senti ela colocar a arma na minha cintura e destravar. Meu corpo travou na hora e ela abriu a porta do banheiro andando comigo, quando saímos eu olhei pra mesa do gaspar e ele tentou se levantar assim que me viu.

Mas um homem parou na frente dele mostrando distintivo e eu arregalei os olhos vendo ele ainda sim, tentar vir na minha direção, mas eu o perdi de vista quando sai do restaurante sendo jogada num carro de polícia.

Lance criminosoWhere stories live. Discover now