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maratona 2/5

Gaspar 🕊

E a loirinha mesmo sem saber estava certa, eu conseguia deixar a tensão de lado quando tava com ela, não só quando entrava na casa ou ficava perturbando ela lá, qualquer hora que eu estivesse com ela do lado numa boa eu me sentia mais tranquilo.

Talvez fosse porque ela não tinha maldade como geral que eu andava, talvez porque ela só tinha esse bagulho de e deixar longe do que era ruim na minha mente, talvez porque ela não sabia nada da minha história e enxergava um moleque bom.

E papo? Nem isso eu fui pra ela, mas ela parecia que me via assim. Me xingava pra caralho, mas ela sempre me encarava como se esperasse eu ficar chateado pra poder voltar atrás.

Só que dela eu não via maldade, nunca tinha um pingo de maldade na Lua, era um bagulho quase impossível de ver.

Eu tinha beijado ela porque deu vontade, escutar ela falando demais no ouvido cansa, as vezes até me estresso. O cigarro já tava apagado na minha mão e só tava me queimando por estar quente, então eu joguei longe.

A boca dela ainda era uma mistura de maracujá com maconha, ela segurava minha bochecha enquanto parecia combinado, papo reto, nossas bocas se encaixam da forma mais maneira possível.

Eu tava passando a mão pela nuca e cabelo dela, ela que subiu no meu colo se sentando em mim, mas no momento eu nem tive maldade, só tava curtindo o bagulho maneirinho que acontecia agora.

Ela puxou meu lábio inferior soltando da minha boca e eu olhei pra ela, ela sorriu ao me olhar e eu levantei a mão tirando alguns fios de cabelo do rosto dela. Luana me beijou de novo com mais vontade se mexendo no meu colo, passei a mão pela coxa dela e subi pra bunda, apertando.

Mas aí veio o bagulho que meu celular tocou, ela se afastou de mim e eu olhei pro lado procurando meu celular, ela continuou no meu colo e deitou a cabeça por cim da minha, enquanto eu atendi o numero desconhecido.

"Andressa: Gaspar o meu pai morreu, me ajuda, eu não sei o que fazer, não tenho pra quem ligar.- Falou com voz de choro.

Gaspar: Marca um dez.- Falei tranquilo, desligando."

Luana se afastou me olhando e pela cara ela não tinha escutado nada, dei dois tapinhas na costas dela e ela foi saindo de cima de mim.

Gaspar: Tenho uma missão pra fazer agora.- Falei me levantando.

Ela só balançou a cabeça e eu estendi a mão pra ela que puxou pra levantar, peguei os bagulhos e a gente saiu sem trocar menina ideia. Parei na frente da casa e ela desceu, Luana me olhou como se esperasse alguma reação e eu só balancei a cabeça, como sempre.

Ela se aproximou de mim e abraçou meu pescoço beijando minha bochecha, ela se afastou me olhando e eu pisquei pra ela vendo ela abrir o portão, ela só deu as costas fechando e eu sai indo dá uma moral pra chatinha.

Lance criminosoWhere stories live. Discover now