XII - Te conhecendo de novo

149 21 2
                                    

Minha cabeça doía, o ponto onde eu batera na cômoda latejava forte

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

Minha cabeça doía, o ponto onde eu batera na cômoda latejava forte. Abri os olhos lentamente tentando me lembrar de onde estava. Mas, eu não fazia a mínima ideia. Pisquei algumas vezes para me acostumar com o excesso de luz que entrava por uma janela gigantesca.

Tentei me levantar, mas uma pontada forte na nuca me derrubou de novo. Massageei minha testa, ela parecia pesar uma tonelada, sentia meu raciocino lento e afetado. Olhei para o lado e vi Percy sentado a poucos metros de mim. Ele estava com um machucado na lateral do rosto e suas mãos haviam sido amarradas em frente ao corpo, mas ele estava acordado e parecia relativamente bem.

Com certa dificuldade, consegui me arrastar até ele.

— Céus, Percy, você está bem?

— Estou — ele balbuciou, seus olhos recaíram sobre mim, consternados — Eu... você...

— Fui atacada por um ciclope também — expliquei — Eu tentei fugir, mas ele me pegou, acabei batendo a cabeça muito forte, acho que por isso desmaiei. Precisamos dar um jeito de sair daqui.

Comecei a remexer as cordas que amarravam suas mãos, tentando pensar em uma maneira de soltá-las. Eu estava tão desorientada que sequer lembrei que havia uma espada em minha bainha.

— Droga de corda — murmurei comigo mesma.

— Melissa... — ergui meu rosto em sua direção, mas seu olhar estava fixo em algo atrás de mim.

Me virei para ver o que diabos ele estava olhando, vi que tinha alguma coisa um pouco a minha frente. Estreitei os olhos, mas ainda não enxergava com clareza, alguns pontos pretos dançavam à minha frente.

Consegui me levantar com dificuldade, percebi que não era alguma coisa, era uma pessoa. Pisquei mais algumas vezes, até que minha visão foi desembaçando e fui capaz enxergar melhor quem estava parado ali.

Um cara alto me encarava. Ele tinha cabelos cor de areia bagunçados e suas feições me lembravam as de uma criança arteira, com o nariz pontudo e olhos azuis como o universo, rápidos e incisivos. Seus lábios exibiam um sorrisinho contido que foi o suficiente para fazer com que meu cérebro decretasse estado de alerta.

Meu coração falhou uma batida, na verdade, acho que ele parou por completo. De repente, eu me sentia tonta de novo, mas não era por causa da cabeça. Meu peito se mexia freneticamente em busca de ar, esfreguei os olhos para ter certeza do que estava vendo, aquilo não era possível.

Abri a boca, mas não era capaz de formar uma palavra sequer, estava atônita com o que via, incrédula. Acho que estava em estado de choque, me sentia paralisada, como se meu corpo não estivesse em condições de me obedecer. Eu estava vendo um fantasma. Um fantasma loiro e sorridente.

Luke Castellan estava ali. Luke estava em pé bem na minha frente.

— Lu-Luke — consegui balbuciar, mesmo que sentisse minha boca dormente. Minhas mãos tremiam como se estivessem à beira de um colapso.

(Sobre)vivendo ao novo │✔│Onde as histórias ganham vida. Descobre agora