ˣˣᴵᴵ. 𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐯𝐢𝐧𝐭𝐞 𝐞 𝐝𝐨𝐢𝐬

12 3 16
                                    

2014, 7 meses depois da morte de Julia Klum

Oups ! Cette image n'est pas conforme à nos directives de contenu. Afin de continuer la publication, veuillez la retirer ou télécharger une autre image.

2014, 7 meses depois da morte de Julia Klum.

𝐍𝐀𝐑𝐑𝐀𝐃𝐎 𝐏𝐎𝐑: 𝐅𝐄𝐋𝐈𝐗 𝐊𝐄𝐍𝐍𝐀𝐑𝐃

Eu não tinha a menor ideia de como se consertava um relacionamento difícil.

Julia foi a minha primeira namorada, a primeira garota que levei a sério, a única a partir meu coração dezenas de vezes como se eu fosse um mariquinhas. Quando ambos estávamos quebrados, meu melhor palpite foi de que relembrar o que havia de bom a nosso respeito talvez ajudasse a derrotar as intrigas e mentiras constantes.

Eu teria a relembrado se Julia nunca tivesse morrido.

Não era a minha intenção. Foi um castigo muito injusto.

Com a descoberta dela sobre os rachas, eu de fato cumpri a minha promessa de parar de frequentá-los — o novato ensanguentado com metade do corpo pra fora do veículo em chamas foi um ótimo estraga-prazeres —, mas ainda mantive contato com os caras que conheci lá. Apesar de recusar os seus repetitivos convites para as corridas, eu gostava da atenção e os considerava bons amigos. Foi com eles que desabafei sobre meu namoro fracassado e os problemas que eu e Julia vínhamos enfrentando. Eu era corno agora, graças à cretina da Ártemis, e minha namorada estava nitidamente muito infeliz.

Pareceu a solução dos céus quando os caras me apresentaram a Happy Face.

Uma balinha, e Julia ficaria serelepe como criança. Eu a levaria pra minha casa e nós nos divertiríamos a noite toda, salvando o namoro com o que fazíamos de melhor.

Parecia tão simples. Ártemis ainda facilitou a minha vida ao oferecer duas opções de bebida que Julia detestaria, sobrando apenas uma para batizar. Eu nem precisei me desdobrar para mexer nos copos que ela segurava: Bastou umas três ou quatro balas na jarra da cozinha para que tivesse certeza de que tudo daria certo.

Eu mesmo já havia consumido a droga sozinho para testar. Achei que Julia ficaria bem.

Eu nunca quis que ela morresse. Minha culpa é por ter desejado até demais que fosse feliz.

— MERDA! — eu esbravejo, com um murro no volante, ao ter que parar no sinal vermelho atrás de um Sedã.

Heather, a outra cretina, entendeu tudo errado.

É admirável que ela esteja fuçando o caso depois de ter sido uma vaca com Julia em vida, mas bater de frente comigo na minha própria casa é apenas estúpido. Heather meteu aquele pirralho no dia de brincadeiras só pra chegar até mim, e ainda mandou que ele encontrasse no meu quarto o necessário para me incriminar. A garota tem colhões, eu admito, só que está usando-os com o cara errado.

Eu me estico para os lados no carro do meu padrasto, vendo que a caminhonete dela parou na rua seguinte.

Talvez tenha acabado a gasolina. Eu já estou a perseguindo por uns vinte minutos, e é o mais vivo que me sinto desde a última vez em que acelerei tanto para alcançar alguém.

Mariposas de Sangue | ⏱️Où les histoires vivent. Découvrez maintenant