Capítulo 55 - Miami

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Lauren Jauregui  |  Point of View

Meses depois...





Já havíamos nos mudado para Miami. Minha família veio para ajudar. Camila ficou mais introvertida depois da morte
do pai, só não mudou o comportamento comigo. Ela não foi ao velório e nem ao enterro do pai, só minha família acompanhou e eu fiquei com ela. Quase entrei em desespero por ela não ter falado comigo, mas ela voltou. Ela fez questão de pagar meu pai, pelas despesas do falecido pai, meu pai não queria, mas ela teve um ataque de nervos e ele aceitou para acalmá-la.

— Acho que está tudo pronto. – Ela disse sentando no sofá. — Vamos dormir? Amanhã você acorda cedo.

— Vamos.

— Ela fechou tudo e me pegou no colo. Tirou minha roupa e colocou a camiseta do Chicago Bulls em mim. Tirou a bermuda e depois deitou ao meu lado, me aninhando ao corpo dela.

Como de costume na outra escola, na hora de começar a aula, o carro de Normani e Troy já estavam em frente ao portão.

— Então gatinha, quando se desocupar, mande uma mensagem. Virei no meu cavalo branco resgatá-la. – Gargalhei.

— Ok minha princesa encantada. Vou te esperar. – A puxei pela nuca e colei nossas bocas. — Te amo!

— Também te amo. – Quando fui sair do carro, ela acertou um tapa em minha bunda. — Não esquece que você tem dona. Não quero ter que quebrar uns moleques metidos desta instituição.

— Dona?

— Sim. Dona! Algum problema?

— Não. Só me excitou te ouvir falando isso. – Ela fez uma careta engraçada.

— Entra aqui no carro e resolvemos isso.

— Bem que eu queria, mas minha noiva tomou “banho” comigo e acabou me atrasando. Sabe... Ela é do tipo insaciável.

— A entendo. Você é gostosa demais. Me indigna muito ela é deixar sair de casa. – Gargalhei.

— Vou lá. Te amo e se cuida, bad girl.

— Você também, gatinha.

— Saí do carro e caminhei até as meninas.

— Mas não moram juntas? Para que namorar no portão? – Dinah perguntou.

— As deixe Dinah. A chama do relacionamento é mantida assim.

Depois disto, fomos pegar nossa grade de aulas. Ficamos com a mesma classe. O primeiro dia, foi tranquilo e quando as aulas acabaram, ligamos para os meninos. Eles deviam estar perto, pois não demoraram a chegar. Eles vieram a nosso encontro e nos abraçaram.

— Como foi à aula, gatinha? – Camz perguntou depois de selar nossos lábios.

— Foi boa. Primeiro dia é sempre calmo.

— Vamos ao Mc? – Camz perguntou.

— Vamos. – Todos responderam e Camz revirou os olhos e sorriu. Depois os meninos foram fazer os pedidos.

— Eles nos fizeram bem. Olhem para nós... Estamos mais bonitas e radiantes. Nossos corpos criaram curvas.

— É verdade. Fora o amadurecimento. – Foi então que eu parei para pensar nisso. Era verdade. Os meninos voltaram.

— Desculpe a demora. A Cabello estava pedindo o estoque da lanchonete. – Normani falou.

— Me deixem.

— A moça até olhou para checar quantas pessoas tinham na mesa. – Troy falou e Camz corou.

— Deixem minha bad girl em paz. Ela precisa recuperar as energias. – Falei é Camila estufou o peito.

— Se for por isso, pela quantia que ela come, vocês não fazem outra coisa. – Dinah falou.

— Você não faz idéia. – Camila me deu um selinho demorado.

— Onde vocês estavam? Chegaram tão rápido pra nos pegar.

— Estávamos em um racha. – Normani falou. Camila me olhou como se pedisse desculpas, mas selei nossos lábios.

— Ganhou? – Perguntei e ela me fitou confusa.

— Sim. Eles são fracos.

— Você tem que se cuidar, Camz. Você tem noção do que significa pra mim?

— Prometo voltar sempre pra você. Você é tudo que eu tenho.

— Sei que você ama fazer isso e não vou te perturbar por isso. Só sei que você tem que voltar sempre pra mim.

— Fique tranquila.

— Está me pedindo o impossível. – Depois disso, nossos pedidos chegaram.

— Voltamos para casa e Camz preparou a banheira com sais para mim. Depois de um tempo, ela entrou no banheiro, com um fondue de chocolate, com uvas, morangos e abacaxi picado.

— Camz... Às vezes é difícil de acreditar que você é real.

— Penso o mesmo de você, Lo. – Ela tirou a camiseta e a bermuda, entrando na banheira e me puxando para ela. — Vai
querer o que primeiro?

— Abacaxi. – Ela molhou no chocolate e depois levou ele até minha boca.

— Sofia me chamava de Kaki. – Camila falou e eu me virei para ela.

— Sério? – Ela assentiu e levou uma uva até a boca.

— Sim. Nós gostávamos de assistir ao Bob esponja. Eu sempre comi demais, mas aumentei isso quando minha mãe morreu. Meu psicólogo disse que era ansiedade.

— Entendo. Ariana te chama como?

— Magrela e eu a chamava de palito. Ela era minha melhor amiga.

— Você não tem parentes, tios, primos ou padrinhos?

— Olha, nunca tivemos muito contato e depois que os boatos sobre meu pai se espalharam, foi o estopim para eles sumirem de vez.

— Idiotas!

— Não ligo. Achei uma gatinha para cuidar de mim. – Ficamos nos encarando, não falamos nada e nada precisava ser dito.



Meses depois...



— Falta muito, gatinha?

— Não, bad girl. Só mais três questões.

— Vou colocar o macarrão. – Assenti. Camz está se saindo uma ótima dona de casa. Ela e os meninos fizeram a prova para engenharia e agora aguardam o resultado. Terminei as questões e fui até a cozinha. A mesa estava posta. — Pronto, gatinha?

— Só vou precisar de ajuda com aquela questão. – Camila é extremamente inteligente. Ela podia tentar um curso mais concorrido que conseguiria, mas não consegui enfiar isso na cabeça dela.

— Quer ajuda agora ou depois?

— Depois. Estou faminta. – Jantamos e ela me ajudou. Fomos deitar, estava de bruços e senti Camila sentando em meu bumbum. — O que houve, Camz?

— Você está cansada, vou fazer uma massagem com esse óleo que comprei pra você. – Ela espalhou o óleo e passou suas mãos por minhas costas fazendo pressão e relaxando meu corpo.

— Camz... Está tão gostoso que vou acabar dormindo. – Ela beijou minha nuca.

— Pode dormir, gatinha. Essa é a intenção. – Ela continuou a massagem e eu acabei pegando no sono.

Fast And CoreographedWhere stories live. Discover now