Capítulo 37 - Dor da Perda

1.2K 84 2
                                    

Lauren Jauregui | Point of View





- Perfeito! - Alexa gritou.

- Isso não é bom! - Ally disse.

- Porque?

- A Dianna vai vir nos assistir hoje! Ela vai saber todos os nossos passos para o cheerleading.

- Ela vai montar a coreografia em cima da nossa. Como ela fazia enquanto estávamos lá. - Dinah disse. Alexa e Keana se olharam.

- O que vocês sugerem? - Keana perguntou.

- Que não mostremos tudo e façamos uma apresentação sem grandes extravagâncias esta noite. - Dinah sugeriu.

- Mas o lema é matar ou morrer! - Alexa falou.

- Não sei vocês, mas eu preciso ganhar daquelas vadias. - Ela ficou me olhando um tempo, depois olhou para Keana.

- Ok. Tudo bem equipe? - Alexa falou olhando todas.

- SIM! - Responderam todas.

- Voltando ao primeiro ano então! FORMAÇÃO RED! E um e dois e três... - Os movimentos iniciais, somente pés no chão, sorriso no rosto... - Jauregui... Troque com a Muller. - Troquei, ficando ao lado dela. - Brooke e Hansen nas laterais. - Ficamos todas na frente. - Bom... Meninos façam algumas acrobacias para não ficar tão na cara que estamos escondendo o jogo.

- Isso é um máximo. - Ally comentou, sem se perder nos passos. - Elas nos ouviram.

- Sim. Espero que a puta da Dianna venha hoje.

- Ela vai e vai ficar perto da Cabello, para te provocar.

- Meu amor... Minha bad girl deu um fora em uma modelo gostosa e que entende de carros... Quem é Dianna Agron na fila do pão? - Ally gargalhou.

- Você está certa, mas isso tirou sua sede de vitória?

- Quero destroçar aquela puta.

- Muito bem, Jauregui! Todas nós queremos! Agora, preste atenção nos movimentos. E um e dois e três. E um e
dois e três. E um e dois e três. O grito...

- Tigers of Detroit ! - Gritamos e depois o sinal tocou.

- Perfeito! - Alexa disse.

- Boa aula, meninas. Já sabem a tradição, usamos os uniformes até o campeonato... Por quê? - Keana perguntou.

- MAR VERMELHO! - Gritamos.

- Ótimo. Jauregui... Venha aqui! - Alexa me chamou.

- Sim.

- Keana e eu conversamos. Como esse é seu último ano e você é de longe a melhor daqui... Você será nossa nova capitã! - Levei as mãos à boca.

- Não... Não posso meninas, vocês são muito boas e...

- Estamos no segundo ano, Lauren. Ano que vem voltamos à liderança.

- Obrigada, meninas. Nem sei como agradecer.

- Vamos destroçar aquela vadia.

Corri Camz para contar a novidade, ela ficava estudando na biblioteca enquanto eu ensaiava. Ela estava toda concentrada no livro, com a testa franzida e com aquela carranca mal humorada de sempre. Ela sorriu quando me fitou. Cheguei perto dela e sentei em seu colo.

- Minha gatinha! Como foi o ensaio? - Falou beijando minha mão.

- Foi bom... Camz... Eu sou a nova capitã.

- Sério? - Ela falou sorrindo largo.

- Sim. Elas me escolheram porque é meu último ano.

- Elas te escolheram porque você é a melhor. Caraca! Minha namorada é cheeleader mesmo. Isso é tão sexy. Estou muito feliz por você, amor. Vamos embora... Vamos tomar um sorvete para comemorar.

- Own Camz. Porque você é tão perfeita?

- Não sou nada. Te amo, gatinha. Agora vamos, a Sr. Stoltz não para de nos olhar.

- Ok. - Ela pegou os livros e os colocou no lugar. Pegando o caderno e a caneta quebrada dela. - Vamos chamar as meninas para irem conosco.

- Ah... Rãnn... - Ela estava bugando em minha frente. - Vamos só nós duas. Estou com saudade de ficar só com você.

- Claro, amor. Vamos então. - Peguei a mão dela e ela me levou na melhor sorveteria do centro.

Ela abriu a porta do carro para mim e entrelaçou nossos dedos. Sentamos nas cadeiras cabines e ela pediu duas águas. A garçonete nos trouxe.

- Pode beber. Vocês ensaiaram muito hoje e eu aposto meu carro que você não bebeu em gole de água hoje.

- Não briga comigo, amor.

- É para o seu bem. Agora bebe isso e depois escolhemos os sorvetes. - Depois que bebi as duas garrafinhas e água, escolhemos nossos sorvetes, dividimos uma cesta e ela sentou ao meu lado. Ficamos trocando beijos enquanto comíamos. Quando de repente.

- Olha só... Quem está feliz e radiante. - Camila ficou tensa e séria.

- Olá, Edward? Como você está...

- Velho? Acabado? É isso que acontece quando sofremos muito com algo.

- Eu já disse que não tive culpa.

- Teve! Eu disse para vocês terminarem este namoro estúpido. Você e o drogado do seu pai. Onde ele está? Já morreu? A justiça divina foi feita?

- Não cobre as coisas de mim, como se você fosse o único que perdeu algo. Ela era minha namorada! Minha irmã também se foi. Pare de me culpar como se você fosse o único que não dorme a noite de saudade.

- Seu pai tem que morrer!

- Ele matou a filha... Você está sentindo a dor da perda e ele a da perda e a da culpa. Não me cobre e nem me ameace. Ariana se foi e eu não posso fazer nada em relação a isso, mas eu tenho a consciência tranquila de que tornei os dias dela aqui bem melhores e demonstrei meu amor por ela quando estávamos juntas. E você? Você nunca se importou com ninguém. Tanto que me odeia sem saber o bem que eu fazia a ela. Agora nos dê licença. Estamos comemorando algo aqui. - Ele ficou encarando Camila por um tempo, ela não baixou o olhar, pelo contrário, se levantou e ficou o encarando. Ele se virou e saiu. - Desculpe, gatinha.

- Tudo bem, Camz. Esse é o pai da Ariana?

- Sim. Ele tem razão, mas não posso fazer nada. Nossos encontros são sempre assim. Era a filha dele, mas ele nunca se importou muito com ela. A mãe é um amor de pessoa, às vezes ela me convida para um chá. Ele nunca estava em casa. Ariana sofria muito, pois os pais brigavam muito e quando ela descobriu que o pai tinha uma amante e a mãe dela aceitava isso, ela cortou os laços. A amizade das nossas famílias estava se acabando e quando minha mãe morreu... Ela ruiu. Ariana praticamente morava conosco, mas aconteceu aquilo. Eu tentei salvá-las, não consegui. - Os olhos dela
marejaram.

- Tudo bem, bad girl. Você tentou e a culpa não é sua. Só nisso que você tem que pensar.

- Minha irmã era um anjo, gatinha. Um anjo... - Ela falou olhando para o centro da mesa, ela estava divagando.

- Ela é, bad girl. Agora ela tem asas e está te protegendo. - Ela me fitou e sorriu.

- Você está certa, amor. Ela está com a mama agora e está bem. - Ela assentiu como se estivesse se convencendo e levou um pouco de sorvete a boca. - Agora vamos voltar a comer e comemorar.

- Claro. - Ficamos aproveitando o nosso tempo sozinhas e depois fomos até minha casa. Tinha que tomar um banho e vestir o uniforme de apresentação.

Fast And CoreographedWhere stories live. Discover now