Capítulo 15 - A Noite

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Lauren Jauregui  |  Point of View





Ela sentou no chão e me puxou para seu colo, assim ficamos.

— É tão difícil Camz.

— Eu sei amor, mas eu vou dar um jeito nisso. Eu vou resolver e vou até sua casa pedir você em namoro para seus pais. Confie em mim.

— Eu confio Camz. Só que você faz tanta falta. – Falei abraçando seu pescoço.

— Eu sei, mas é difícil passar a marcação do seu pai. Ele está em todos os lugares. Vou tentar te esperar aqui sempre, mas vai ser no começo dos treinos.

— Tudo bem. Vão ser poucos minutos.

— Poucos minutos são melhor que nada, gatinha.

— Te amo Camz. Se cuida, por favor! Quero você inteira para mim. – Ela sabia do que eu estava falando.

— Amor... Eu só cuido do meu pai e te persigo, não tenho tempo para mais nada. E correr é claro.

— Você tem que se cuidar.

— Você também gatinha. Você está magra demais. Você tem se alimentado direito? – Não respondi. — Porra Lauren! Você quer que eu me cuide para que?

— Desculpe amor. Foi uma greve disfarçada, pensei que meus pais mudariam de ideia.

— Eles não vão mudar de ideia, gatinha. Eles estão certos, mas eu vou dar um jeito nisso. Prometo.

— Estou sempre com você amor.

— Eu também gatinha. Sempre. Não sei como seu pai não percebeu, meu carro é super chamativo. – Rimos, trocamos beijos e tivemos que nos despedir. Pior parte. Ainda fiquei esperando meu pai na frente do portão. Agora com uma pequena chama de esperança aquecendo meu peito, mas Camila me aconselhou a não esboçar alegria em casa, continuar agindo da mesma forma de antes.

Assim se passaram os dias, Camz me visitava segundas, quartas e sextas, nos ensaios.


×××


Quando a aula terminou, fui para a quadra, era sexta, mas não haveria ensaio, porque Alexa e Keana viajaram. Obviamente que não avisei meu pai e torci para que ele não viesse ver meu ensaio de surpresa ou algo do tipo. Nunca aconteceu, mas como estava me sentindo culpada por mentir para eles, comecei a pensar em tudo de errado que poderia acontecer. Entrei no nosso lugar secreto e ela estava sentada sobre o moletom e escorada no pilar de sustentação. Com os olhos fechados.

— Pensei que não tinha ensaio hoje...

— Pensei que estava dormindo... Não tem, mas meus pais não precisam saber disto.

— Eu também acho.

— Como estão as coisas?

— Acho que vou internar meu pai. – Falou me puxando pelo braço para sentar em seu colo.

— Acha?

— É... Não sei. Ele está tão sóbrio e me pediu para interná-lo.

— Pediu? – Ela assentiu. — Então ele quer se curar.

— Talvez. Ou ele está mentindo, para ficar dois meses lá e ser liberado. Fugindo de novo, é muito difícil de encontrá-lo e não sei o que ele pode aprontar... Tão complicado.

Eu acho que você deve interná-lo, sei que é seu pai, mas ele te deu para um traficante, não merece esse zelo que você tem por ele.

— Talvez... Não sei. Só sei que quero um beijo. – Sorri e juntei nossos lábios, me virei para ela e coloquei uma perna em cada lado do seu quadril. O beijo foi ganhando intensidade e levou a mão por baixo do meu vestido e apertou minha bunda. Gemi e rebolei em seu colo. Depois me lembrei de onde estávamos.

Fast And CoreographedWhere stories live. Discover now