Fast And Coreographed

Capítulo 04 - Porque Não Faz?

Lauren Jauregui  |  Point of View

Na manhã de domingo, me produzi toda e torci internamente para Camila conseguir vir.

— Nossa! Lauren, você está linda! – Taylor me elogiou.

— Obrigada, mas não fiz nada demais.

— Fez sim. Tudo isso para Camila? – Minha mãe perguntou.

— Confesso que quero muito que ela venha.

— A Camila que não fala. – Tay perguntou.

— Pelo que percebi, ela não fala com quem não se sente a vontade. Conosco ela falou, pois não pressionamos e a deixamos agir com naturalidade e sem julgar. – Minha mãe falou sabiamente.

— Foi isso que pensei durante a noite.

— Caraca! Que nave estacionou ali na frente. – Chris falou olhando pela janela.

— Deve ser a Camila. – Falei sorrindo largo e correndo para abrir a porta. Saí e ela descia do carro. — Que bom que você veio Camz.

— Camz? Achei legal. – Eu corei. — Hey, não fique com vergonha. – Ela me abraçou forte e me puxou, se escorando no carro. — Vou arrumar um apelido para você também. – Ela repousou as mãos na minha cintura e eu repousei as minhas em seu peito. — Eu gosto de você, Lauren. – Falou enquanto deslizava o polegar por minha bochecha.

— Eu também gosto muito de você, Camz.

— Eu sou torta, Lauren. Não sou fácil e sou cheia de problemas. Não quero te prejudicar. Você e sua família são incríveis, não quero... Não posso... – Os olhos dela marejaram.

— Hey Camz. Não chora. Vai ficar tudo bem.

— Não quero te magoar.

— Você não vai. Agora vem, temos um monte de filmes para olhar e um livro para ler. – Peguei a mão dela, entrelaçando nossos dedos e entramos em casa.

— Oi Camila! – Camila olhou para Taylor e travou.

— Essa é minha irmã, Taylor. – Ela acenou com a cabeça.

— O Mike está lá fora, com o Chris. Nosso filho mais velho. – Minha mãe falou.

— Prazer Camila. Vou lá ao meu quarto. – Tay falou e saiu.

— Me desculpem, mas não controlo isso.

— Tudo bem. Nós entendemos. – Minha mãe falou compreensiva.

— Camila! Prazer. – Camila apertou a mão dele. — Estava tentando ajudar o papai a ligar a churrasqueira automática, mas falhei. – Chris falou.

— Novidade!

— Que nave você tem Camila. – Ela alcançou a chave para ele. — Posso dar uma volta? – Ela assentiu. — Nossa! Valeu! Vou convidar a Tay.

— Arrumou um fã agora.

— Arrumou sarna para se coçar isso sim. – Minha mãe falou e nós rimos.

— Mãe, vamos terminar de ver os filmes que começamos ontem. Você tomou café, Camz?

— Não. – Falou um pouco envergonhada.

— Eu faço alguma coisa...

— Deixa que eu preparo um sanduíche para ela mãe.

— Não quero incomodar, espero o almoço. – Camila falou envergonhada.

— Ninguém vem a minha casa e fica com fome. Não é incômodo nenhum. – Minha mãe falou.

— Vou dar um oi para o Sr. Jauregui. – Camila falou.

— Pode ir lá Camz. – Ela saiu. — Porque será que ela sente tanta fome? – Perguntei a minha mãe.

— Não sei filha. Você sabe algo sobre a família dela?

— Não. Ela me disse que só não falaria sobre isso.

— Vou fazer um acompanhamento bem reforçado para o churrasco. – Meu pai entra acompanhado por Camila na cozinha.

— A Camila arrumou a churrasqueira. Essa menina... Me conquistou. – Falou e tocou o topo da cabeça de Camz, que sorriu. Ela estava com o moletom inseparável dela. Fiz um sanduíche enorme com tudo que tinha na geladeira. Servi um copo cheio de refrigerante.

— Senta aqui Camz. – Ela sentou e começou a devorar aquele sanduíche. Fiquei atrás dela fazendo uma massagem em seus ombros. — Te incomoda a massagem?

— Não. Está deliciosa. Assim como o sanduíche – Fiquei mais otária e continuei fazendo. Quando ela terminou, deixei tudo na pia e fomos para o meu quarto. Quando entramos, fechei a porta e Camz se escorou na mesma. — Lauren... – Olhei para ela. — Vem aqui. – Me aproximei dela. Ela me puxou, me abraçando forte. Nossos corpos colados, tão próximos que nem uma agulha passaria entre nós. Ela alisava minhas costas e eu fiquei com o rosto afundado no pescoço dela. — O que você fez comigo? – Era uma pergunta retórica. Mas levantei meu rosto e aproximei de sua orelha a minha boca e sussurrei.

— Nada... Ainda... – Meu senhor, o que eu estou falando. Eu senti o corpo dela tremer. E ficamos nos encarando um tempo. O quarto estava quente ou devia ser eu. Ela trancou a porta.

— Por que não faz?