Série Mafiosos : O Dragão Livro I

Capítulo 38

Pov Luz

- Oi eu sou a Luz qual o seu nome ? - falo em um italiano um pouco atrasado já que não sou tão boa ainda .

Ela levanta a cabeça de vagar e olha para mim como se estivesse me vendo ali pela primeira vez .

- Helena .

- Sei que está com medo e eu sinto muito .

- A senhora não sabe como é .

- Sei sim a alguns meses eu estive na mesma situação que você mais o meu tormento começou logo que eu cheguei .

- Sinto muito por você também .

Dou um sorriso meio sem graça e ela faz o mesmo , uma menina tão nova eu não vivi muito antes de ter minha vida tirada de mim mais ela viveu menos duvido que tenha tido pelo menos a metade das experiências que eu tive .

- Então você fala italiano - Mathias fala e eu me sobressalto já até tinha esquecido que ele estava ali .

- Só o básico depois de passar meses presa em uma casa cheia de italianos na Itália você aprende alguma coisa .

- Você está certa depois desse tempo aqui eu nunca mais quero ouvir espanhóis na minha vida .

- Espanhol ? .

- Nossos carcereiro são espanhóis .

- Credo agora é oficial odeio a Europa por isso eu prefiro a América democracia , máfias que não se envolvem bem à vista na minha vida e comida decente - digo a última parte quando entra um homem e da pratos com lavagem para nós comermos , exatamente lavagem não se pode chamar o que estava nos pratos de comida - que lavagem é essa ? .

- Unhas do pé , cabelo de velho e cocô de cachorro - o Mathias fala fazendo piada da nossa situação - aproveita que é o prato da casa .

Eu dou uma leve risada cheiro a meleca no prato e me dá um enjoo terrível que me faz correr para um balde que tinha no canto que funcionava como privada e pus para fora o que quer que ainda sobrava no meu estômago da minha última refeição .

- Eu você está bem ? - Mathias pergunta aparentemente preocupado .

- Sim não se preocupe foi só o cheiro dessa coisa .

- Bem então não cheire , coma .

- Não obrigada eu prefiro manter o meu estômago no ligar dele , dentro do meu corpo - Em puro o prato para ele que me olha - Você precisa mais do que eu .

- Você precisa comer ou não vai sair daqui - ele diz empurrando o prato de volta para mim .

- Não vou conseguir comer isso - ponho a mão na barriga e acaricio inconsciente mente como venho fazendo desde que comecei a suspeitar da minha gravidez .

- Merda - Mathias fala de olhos comprimidos como se tenta se ver através de mim - você está grávida .

- Xiu fala baixo x9 .

- Não se preocupe não a ninguém aqui que saiba falar português além de nós .

- Isso é o que eles querem que você pense .

- Esperta mais eu confio no meu taco , pode ficar tranquila que o seu segredo tá seguro comigo .

- pois eu não se ele fosse tão confiável você não estaria aqui - do nada eu faço cara de paisagem e fico olhando pro nada depois começo a rir em tom baixo .

- Ei o que foi tá tendo um AVC ai maluca ? .

- Não, por que ? - acabei rindo mais com a pergunta dele , mano do céu que cena ridícula.

- Por que tá rindo assim do nada ? .

- É por que eu acabei de perceber a ironia da nossa situação - faço gesto de mão entre eu e ele .

- Que ironia seria essa ? .

- Que estamos presos sem liberdade .

- Humm e dai ? - ele me olha sem entender nada .

- No dia da independência do Brasil - nessa hora ele me entende e rir comigo e a pobre da garota na cela do canto fica sem entender nada pela cara que estava fazendo .

- Do que estão rindo ? - Helena pergunta inocente e confusa por nossa rápida mudança de humor .

- De uma piada que envolve o nosso país

- E eu posso saber ? .

- Claro querida , estamos rindo por que não temos liberdade e hoje é sete de Setembro que é a data que o nosso país proclamou independência , ou seja liberdade .

- Nossa - ela fez cara de chocada - vocês são loucos por rir de uma coisa dessa .

Eu olho para o Mathias e traduzo o que a Helena tinha acabado de dizer e acabamos caindo na risada de novo .

- Nós sabemos - eu respondo ainda rindo o que faz nascer um pequeno sorriso no rosto da Helena que rapidamente se desfaz ao ouvir o ranger da porta abrindo .

Todos nós ficamos quietos e ouvimos os passos se aproximarem .