Capítulo 4

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Acabou que essa semana foi mais divertida e mais fácil do que muito tempo eu não tenho passado. Mason realmente era um bom colega de apartamento. Ele não interferia na minha vida em momento nenhum e eu tentei não interferir na dele. Até para dividir o banheiro não foi uma dificuldade tão grande já que eu saía para o trabalho mais cedo e voltava mais tarde que ele. Eu tinha com quem conversar durante a noite e até tomar umas cervejas se chegasse cedo do café. Estava sendo surpreendente. Lissa ainda não sabia que eu tinha mudado e eu acho que ela ficaria louca em descobrir que eu estava dividindo apartamento com um cara, embora ela adorasse o Mason e queria que nós dois ficássemos juntos. Nosso encontro no domingo acabou não dando certo. Por algum motivo ela não pode vir, então eu me ocupei em arrumar a minha mudança e buscar a minha bike no antigo apartamento.

— Ei, trabalhadora, tudo bem para você se a Vika e o Adrian virem aqui no sábado de noite? – Mason perguntou na quinta-feira, assim que eu chegara do café. Na semana anterior eles vieram na sexta-feira. Sábado no trabalho, eu estava morta.

— Bem... A minha semana acaba amanhã a noite, então não posso falar nada sobre sábado. – Eu ri e pendurei a cópia das chaves, que ele me dera logo no dia seguinte em que eu começara a morar com ele, ao lado da porta.

— O que? Achei que fosse brincadeira essa coisa de uma semana. – Ele me olhou surpreso, embora tenha sido ele mesmo quem tivesse proposto isso. — Você quer ir embora?

— Não sei. O combinado foi uma semana. – Eu disse e me aproximei da cozinha onde o Mason estava cozinhando uma mistura que ele chamava de jantar. Ele falava de mim, mas também era um péssimo cozinheiro.

— Você sabe que pode ficar o tempo que precisar, não sabe? – Disse, me observando. — Falei uma semana de teste, mas se foi ok para você morar comigo, você pode ficar. Para mim foi legal. – Ele adicionou antes que eu pudesse perguntar. — Para mim foi legal ter um brother para beber uma cerveja e assistir televisão.

— Você está queimando qualquer coisa que estava fazendo ali! – Eu ri, divertida em como ele conseguia ser desajeitado e fofo ao mesmo tempo. Como prometido, Mason não tentou nada que me deixasse desconfortável ao longo dessa semana e eu tinha sido mesmo quase como um "brother" para ele. Tínhamos conseguido certa intimidade, mas nada além da amizade. Apenas o suficiente para vivermos ao redor do outro confortavelmente e sem muito constrangimento.

— Ah, merda! Lá se foi o jantar! – Ele xingou ao jogar a frigideira para dentro da pia. Eu não sei o que ele pretendia cozinhar, mas eu não consegui distinguir nem um ingrediente da receita. Mesmo que estivesse cheirando bem.

— Vou pedir uma pizza para nós dois! – Ri antes de ir para o meu "quarto", que era o antigo escritório do Mason, para pegar o par de pijamas e pedir a pizza antes do banho.

Pensa a minha decepção quando eu descobri que tive – terei, na verdade, já que eu estou devendo mais essa para o banco – que pagar quase dois mil e quinhentos de novo do hospital porque os meus dedos não estavam prontos o suficiente para ficar sem o gesso. Eu tinha ido ao retorno dez dias depois de quando eu engessara, na intenção de me livrara daquela merda que estava dificultando a minha vida, especialmente, o meu trabalho e descobrimos que a situação era pior do que esperávamos. Eu tive que mentir quando o médico perguntou se eu tinha feito esforço ou segurado peso naqueles passados dias. Como eu faria a mudança sem fazer os dois? Como eu trabalharia sem fazer os dois? A consequência veio na forma de mais dois mil e quinhentos dólares e mais dez dias de gesso. O que significava mais dez dias de ônibus e sem poder fazer as entregas. Que grande merda!

— Achei que você fosse tirar isso, pequena Rose. – Adrian comentou quando me cumprimentou ao chegar ao apartamento no sábado à noite. Pensei em reclamar sobre o "pequena". Eu odiava que me chamassem assim, mas ao menos, ele não tinha me chamado de "Batman" de novo. Era um avanço!

Per te, mi amoreWhere stories live. Discover now