༆XLIV

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Dedicado a Claraanajp
Feliz aniversário para uma das minhas leitoras e amigas, você é uma das melhores pessoas que eu já tive o prazer de conhecer e merece o mundo.
de sua querida assassina, chelly e suas estrelinhas.

fiquem agora com o próximo capítulo

A rainha sentiu o exato momento em que seus poderes despertaram. Aquelas chamas correndo por cada veia e saindo por seus poros. Subindo a superfície ignorando as ordens de sua portadora.

Alyn segurou as cordas entrelaçadas em rede mais forte e atravessou a si mesma e o navio, sabendo que isso chamaria atenção e daria vantagem aos seres alados da ilha. Soldados gritaram e ordens foram ditas.

A lua já estava descendo de encontro ao horizonte, prata e azul se misturando ao mesmo tempo que sangue e suor imptegnavam o ar e as areias fofas da baía da ilha.

O navio caiu dentro da água, balançando como uma folha no outono. E Alyn balançou junto, agarrando as cordas e prendendo as pernas em seus buracos. Pouco se importando com a dor em suas costas, suas pernas, seus braços e até mesmo em seu estômago. Estava fraca e sedenta, tinha que sair dali.

Olhando para cima, conseguiu enxergar as sombras dos guerreiros massacrando os demônios encouraçados de Velliard. A lembrança do príncipe fez que sua cabeça disparasse na direção da ilha que queimava agora ao longe como uma simples tocha.

Mas a rainha sabia que ao se aproximar veria uma ilha sucumbindo ao fogo e a espadas. Velliard tiraria o Caldeirão de lá nem que sua vida dependesse disso, e o conhecendo o mínimo que pôde viu que isso não seria necessário.

Ele expôs Prythian como uma ferida grande infeccionada, aberta e sangrando. Deixou as cortes e o continente vulnerável aos seus ataques. Liderou cada soldado ao seu lado a lutar com a crueldade usual de Hybern, a lutar com o ódio guardado aos humanos libertos e aos grão-senhores que mataram seu rei e seu líder.

Uma memória pipocou em sua cabeça, de uma das sessões de tortura. Quando Velliard tentou a todo custo ganhar a lealdade de Alyn, usando os segredos de seus amigos. As coisas que ele havia lhe dito...

Sobre Ystria. Sobre Darren. Sobre Helion. Até mesmo sobre si, ousando acusar os Grão-Senhores da morte de sua mãe. Confessando uma parte de si a sua prisioneira prometida. Ele não queria mais o casamento, muito menos torná-la sua rainha.

Não depois que ela matou seu pai, roubou seu trono e colocou o povo dele contra seus ideais. Quebrando contratos com Monteserre e Rask, recuando os soldados de seu exército. Tomando posse de tudo aquilo que lhe pertencia.

Mas a morte era uma doce e caridosa misericórdia pelos crimes da fêmea. Velliard queria ela morta tanto quanto quer que ela viva para ver os seus morrerem, para ver o povo pelo qual ela lutou tanto morrer. Iria entregar a cabeça de seu parceiro em suas mãos antes de atravessar uma espada em seu crânio.

[...]

A corte diurna estava um caos. A capital havia sido atacada de forma como só Amarantha havia feito antes. Soldados sobreviventes juntavam os corpos de seus colegas que não tiveram tanta sorte. Bestas haviam sido soltas dentro de Aurum e Ystria havia começado a lhes caçar, qualquer coisa para se afastar do palácio.

O governo de Helion seguia uma ordem diferente da de Rhysand e das outras cortes. Toda cidade possuía um líder, e esse líder responde ao conselho da corte que responde a Helion, o Grão-Senhor.

A Court Of Fire and Shadows [comeback]Where stories live. Discover now