༆XXXVI

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e como uma fênix, eu renasço das cinzas e trago atualização para vocês

é meus amores, deu um trabalho viu, demorei um tempo pra terminar esse aq, estejam preparados para *tudo*

— Alyn, você pode parar de fazer isso e ir dormir, por favor? — Ouvi Ystria falar, mas a ignorei. Assim como estou fazendo com todos desde o momento que o Grão-Senhor e o mestre espião da Corte Noturna deixaram Vallahan.

Quando Rhysand apareceu no palácio contando que Elain havia desaparecido durante a madrugada e ninguém sabia de seu paradeiro Azriel impos uma barreira fria entre nós. Era como se ele não quisesse nem estar perto de mim. Tanto que não pensou duas vezes antes de ir com Rhysand, as sombras ondulando ao seu redor num casulo de silêncio e fúria gélida.

Fiquei repetindo para mim mesma que o beijo não havia significado nada, na vã tentativa de acreditar. Se não havia significado nada para Azriel, não iria significar nada para mim. Por mais que setenta por cento do meu corpo esteja de joelhos implorando para que ele aceite a parceria apenas para ter mais de seus beijos, seu cheiro e sua companhia. Não esperava que ele me aceitasse de braços abertos de repente, mas porra, nem pra fingir que isso tinha sido algo mais que um impulso.

Me sentia boba e iludida por pensar assim. Por várias vezes o encantador de sombras deu a entender que não queria nada a mais comigo, e forcei a barra mais uma vez. Mas não pode me julgar por tentar. Faria novamente se isso dissesse que teria seus lábios nos meus novamente. Tola. Burra. Inútil.

A sensação de reconhecimento e de conforto havia se partido e agora eu estava irritada. Manch chegou alguns minutos atrás, mas até então estava com Renard conhecendo o palácio e os machos odiosos daqui. Não os matei ainda por razões políticas, mas deixo bem claro que vontade não falta e que se eu quiser, eu vou fazer.

Só que isso não era o que eu queria. Matar por matar. Não menti quando disse que faria qualquer coisa para proteger Prythian. E se isso me tornasse a vilã de minha própria história pouco importava. Velliard está ganhando por medo e números. Vou ganhar por poder e inteligência. O saco de areia que estava socando estourou conforme dei um soco mais forte do que o esperado.

Olhei para o meu pulso sentindo as juntas de minhas mãos estavam vermelhas e latejando. Minha respiração estava ofegante, por conta do esforço físico. Descontar frustração com socos não estava me ajudando. Eu tinha que dar um jeito em tudo isso, os exércitos estão quase reunidos, mas atacar diretamente seria burrice. Eles estão em maior número e pelo que Renard disse qualquer um que sobrevoa a corte outonal é abatido. Levar meu dragão até lá seria a morte dele e não vou abrir mão dele tão cedo.

A porta da sala se abriu e um Renard pálido entrou, o peito subindo e descendo rápido. Os cabelos estavam bagunçados como se ele tivesse passado as últimas horas passando as mãos no mesmo. Ystria e eu o encaramos, mas o macho manteve os olhos no chão, sério.

Quando levantou os olhos até mim, senti a onda de preocupação me atingir pelo laço. Mais notícias ruins, imagino.

— Azriel pretende ir sozinho até a Corte Outonal buscar Elain. Eles acham que Velliard está por trás disso. — Senti o sangue de meu rosto se esvair e minha vista escureceu por alguns segundos. Ele não seria burro desse jeito. Caralho, não. Ele era mais inteligente que isso, tinha que ser. Era a porra de uma armadilha.

Isso é, se ela ao menos estiver lá de verdade. O que não é uma certeza, dada ao fato de que ela desapareceu. Ninguém viu ela sendo raptada, ou a direção para qual foi. Elain Archeron poderia muito bem ter abandonado a Corte Noturna por vontade própria. Ela desapareceu. Mas se arriscar no território inimigo sozinho? Isso não era algo que Azriel faria, não em seu juízo perfeito.

A Court Of Fire and Shadows [comeback]Where stories live. Discover now