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o tão pedido pov do Noah veio...

Sinceramente, não sei porque tive essa ideia estúpida

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Sinceramente, não sei porque tive essa ideia estúpida. Basicamente, convidei a vizinha para um encontro.

E o pior de tudo: ela aceitou.

Não consigo definir a relação que tenho com a garota de cabelos loiros. Me recuso a pôr um nome na euforia que sinto ao vê-la. Sina mexe comigo. Uma reação que nenhuma mulher sequer me provocou. Ao beijar ou transar com uma garota, não sinto nada além de atração carnal. É apenas isso. Sexo casual. É diferente da sensação que me completa quando estou com ela.

Desde a primeira vez que a beijei, experimentei as famosas borboletas no estômago. Algo clichê de se dizer, mas é a pura verdade. E quando nós transamos... Porra. Aquilo foi incrível. Nunca compartilhei um momento tão íntimo com alguém. Nunca me permiti a abrir com alguém.

Namoro? Não sei o significado dessa palavra. Nunca tive uma namorada. Já tive casos que pouco duraram. Garotas com as quais fiquei mais de uma vez, e que prometi estar ficando apenas e unicamente com elas – o que era uma mentira deslavada. Eu gosto de aproveitar a vida, não gosto que me prendam a nada. Passei dezoito anos trancado num lar, isso era suficiente.

Apenas não compreendo o que Sina tem de diferente das outras. Quando estou com ela, a abraçando, aproveitando do seu carinho, sinto que não preciso de mais nada. É o bastante para me alegrar.

Ter um encontro? Se alguém me contasse, a semanas atrás, que eu estaria convidando uma garota para sair apropriadamente, eu riria em sua cara e o mandaria ir se foder. Mas não pude evitar, foi mais forte do que eu. Depois da quebra de – praticamente – todas as regras, desistimos. Combinamos que deixaríamos acontecer. E assim está sendo.

Nos últimos dias minha cabeça tem se ocupado com duas coisas: o bom rendimento do bar, que permanece em ordem, e a garota que mora no andar de baixo. Sina está me levando à beira da loucura. Venho pensado numa forma para dar um passo adiante, sem parecer desesperado. A idealização para composições musicais, que antes surgiam vez ou outra, agora brotam em meus pensamentos de minuto a minuto.

O presente que recebi em meu aniversário não poderia ter sido melhor – o caderninho já tinha quase todas as páginas rabiscadas. Estou completamente fodido. Agora, é tarde demais. Não tenho para onde correr.

Parado em frente ao armário, com ambas portas escancaradas, tentava decidir a melhor roupa. Minha intenção era impressionar Sina, obviamente, mas não poderia fugir do meu estilo habitual – ou pareceria extremamente forçado.

O restaurante que pensei para nosso encontro era um dos mais conhecidos de Londres. Foda-se. Esta noite, estava disposto a gastar o necessário para que ela aproveitasse ao máximo. Encarei o reflexo no espelho. Estava bom. Calça jeans escura, com sapatos sociais de cor parecida. Uma camisa azul clara, com os dois primeiros botões abertos, revelando o início das tatuagens. Baguncei os fios de cabelo, jogando-os para trás, como tinha o costume de fazer. Coloquei anéis em quase todos os dedos das mãos. Olhei para o relógio de parede do quarto.

HANDS TO MYSELF - Noart Kde žijí příběhy. Začni objevovat