15.

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— É melhor que eu vá

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— É melhor que eu vá. Está ficando tarde. 

Olhei o relógio ao lado da televisão. Se passavam das onze da noite. Logo Sabina chegaria, e se visse esta cena, surtaria. Além do mais, meu estômago ansiava por comida. 

Noah levantou-se, vestindo suas roupas. Continuei sentada no sofá, nua, o observando atentamente. Sua mão acariciou minha bochecha e seus lábios preencheram os meus num beijo rápido. 

— Conversamos depois. 

Ele fechou a porta ao sair do apartamento. Me levantei, correndo para virar a chave. Esquentei o prato de comida deixado no micro-ondas. Durante a refeição, minha mente corria para os momentos de diversão que compartilhei com Noah esta noite. Não pude evitar um sorriso bobo. Ter transado com o galanteador do andar de cima e as consequências que isso traria me preocupavam. Mas foi tão gostoso, porra.  Eu repetiria de novo, e de novo. Sem problemas. 

Depois de lavar o prato, fui para o quarto. Meu celular apitou quando me joguei na cama. 

Noah: Se eu fosse você, trancava essa porta. Um maluco pode aparecer por aí. Nunca se sabe. 

No dia seguinte, acordei antes que meu despertador soasse. Ao chegar na cozinha, encontrei Sabina a tomar seu café da manhã. Imediatamente, travei a mandíbula, a fim de transmitir uma imagem imponente. 

— Muito bom te encontrar aqui. Precisamos conversar. — me sentei na banqueta ao seu lado. Ela tentava esconder o sorriso, mas era notável seu divertimento. Parecia uma criança de cinco anos que tinha acabado de quebrar o vaso preferido da mãe. — Quando te peço para trancar a porta, falo sério. 

— Me desculpe. Eu esqueci. 

— Claro. Também se esqueceu que aquele era o meu celular, não o seu? — ela virou-se para me encarar fixamente. 

— Olha, não fiz por mal, ok? Só achei que precisassem conversar. E tenho certeza que você não o faria por vontade própria. — deu de ombros. — Só dei um empurrãozinho. 

Balançando a cabeça para os lados, fui até o fogão preparar um omelete. Atrás de mim, pude ouvir a voz de minha amiga. 

— E então, conversaram? 

— Fomos praticamente obrigados. — disse, rindo. 

— Oh, claro. Mas isso não pareceu ter sido algo que a incomodou, não é? 

Franzi o cenho, confusa. Meu queixo caiu ao me virar e ver uma camisinha usada nos dedos de minha amiga. Avancei em direção dela, pronta para resgatar o plástico que segurava, mas Sabina foi ágil em saltar da banqueta e correr para a sala. A segui. 

— Saby, pare com essa brincadeira. Me dê isso! 

— Ah, pode ter certeza que vou parar. Se minha namorada souber que estou segurando a camisinha que um homem usou, estou morta. Mas antes, você me deve uma explicação. — cruzei os braços, irritada. — Se eu não tivesse encontrado isso, iria me esconder que transou com o vizinho gostosão? 

HANDS TO MYSELF - Noart Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin